quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Do que se ouve cá por casa #5

No meio das habituais conversas matinais entre o pai e a princesa, entro no quarto e ouço:

"Tu és 'godinha' 'pinxexa'! Também, pai gôdo, mãe gôda, filha gôda!"

[Obrigadinha maridão queriduxo por me lembrares que estou com uma pança digna de fazer inveja a uma grávida de 7 meses!!! O que vale incluis-te nas contas!]

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Boas maneiras

A nossa querida filha agora tem por hábito espirrar mesmo para cima de nós. 
Paizinho resolve adverti-la:

"Como é? Que modos são esses? Vê lá se começas a pôr a mãozinha à frente da boca enquanto espirras!"

Ela olha para ele, muito séria e consigo ler-lhe nas entrelinhas: 'A tua sorte é que não percebo nada do que estás para aí a dizer, se não quem te punha a mão à frente da boca era eu!'

sábado, 23 de janeiro de 2016

Constatações

Percebes que estás completamente imbuída do espírito maternal quando...

... ao fazer limpeza às fotos dos telemóveis, máquina fotográfica e afins, descobres que tiraste 527 fotos à cria só nos primeiros 4 meses!!!

Se calhar, controlávamos um bocadinho o nosso impulso fotográfico! Quero acreditar que não somos caso isolado, caso contrário internem-nos ;)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Preocupações paternais!

Estes dias, enquanto levávamos a pequena à creche, diz assim o pai:

"Os outros meninos que lá estão são muito maiores que ela. E se lhe batem? Ela é  tão pequenina, não tem como se defender! Isso é que me preocupa!"

Está bem, homem, a mim preocupa-me que ela fique doente ou se aleije. Isso sim, preocupa-me!

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Só nos envergonhas :)

Cenário: princesa presa dos intestinos há 4 dias. Logo ela, tão certinha, que fazia 2 ou 3 vezes cocó por dia.
Depois de a estimular, de dois dias a dar-lhe o "bebé-gel", Domingo lá decidimos ir ao hospital. Faço a ficha, triagem [onde me dizem que um bebé de mama pode estar até um mês sem fazer - entretanto morre inchado], pulseira amarela e encaminhamento para uma salinha de amamentação isolada.
Dou de mamar à criancinha e... zás... cagada até às costas.
Fiquei contente, mas lá venho eu toda envergonhada à porta e comunico à primeira enfermeira que encontro: "Já não preciso da consulta, o problema está resolvido!" Lindo cenário. E a enfermeira ainda me goza: "Da próxima nem marque a consulta, peça só para vir aqui ao cantinho da amamentação, só para experimentar, porque pelos vistos a garota gosta!"

Tão novinha e já a gozar com a minha cara, sim senhora!!!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Dramas da hora do parto #4

De vez em quando lá me lembro de algumas situações caricatas...
Mas esta não é só da hora do parto... é do antes, do durante e do depois...

... sempre que ia a alguma consulta, ou já mesmo quando estava internada, e algum médico me fazia alguma "maldade", lá contestava o maridão:

"Veja lá o que é que lhe faz... olhe que ela é minha mulher!"

Sim, meu querido, como se todas as outras não fossem também mulheres de alguém!!!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Episódio de urgência!!!

6ª-feira.
A princesa chega da creche chorosa. Não é habitual. Rouca. Meço-lhe a febre: 37,5. Tosse.
Decidimos ir ao hospital, para despistar!
Carolina chamada à triagem. O pai entra muito desgostoso. A enfermeira começa a medir a febre, a fazer uma série de despistes e o paizinho só repetia de forma incessante: "Acha normal? Tão pequenina e já constipada!!" E ela ripostava: "Acho! Quer que lhe mostre crianças mais pequenas que ela e com doenças bem mais graves?"
A enfermeira faz uma demonstração de como descongestionar o nariz de forma correta. Começa a despejar o soro fisiológico nas narinas e o pai aos berros: "Pare, pare, vai afogar a criança. Ai, não faça isso!" E reforça à filha: "Desculpa o pai princesa, a enfermeira é má!"
Aí, ela limita-se a dizer à pequenina: "Oh Carolina, o teu pai está que nem pode! Quem devia ser internado era ele e não tu!"

Escusado será dizer que quem vai com ela aos médicos sou eu! Já para não falar da síncope nervosa que dá à criatura quando a cria leva vacinas.

Da próxima lembrem-me de o sedar! Uma mãe passa por cada uma!

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Ainda tenho as pernas a tremer...

Acho que já apanhei o maior susto da sua curta existência!
Estava eu a arquivar uma papelada e ouço um estrondo enorme... viro-me e estão os dois, pai e filha, caídos no chão! Até chorei com os nervos...

O paizinho estava com a princesa ao colo, quando tem a brilhante ideia de se sentar... num balde de limpeza... porque pensou que viu um banco!
Protegeu a cria, qual leão, e o resultado são as costas dele feitas num oito. Cada estilhaço do balde passou a ser uma marca de guerra!
E, antes que chamem a comissão de proteção de menores, a cria está bem. E foi um episódio sem precedentes - caso isolado!

Eu... continuo pálida!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Com medo :)

Pai e filha doentes...
Os dois em casa sozinhos...
Eu estou aqui, a rezar a todos os santinhos para que não aconteça nada que fuja da normalidade, sob pena de quando chegar a casa um dos dois estar estendido no chão da sala!

[Já tocou o telefone: cria aos berros, não pega no biberão...]

domingo, 10 de janeiro de 2016

Ainda sobre o primeiro acidente doméstico...

Lembrei-me de lhe perguntar:
- E se eu não estivesse em casa, como fazias?
- Ia com ela ao hospital!
- 'Tás a brincar? Ias com ela ao hospital por causa de um dedo entaladito num brinquedo que com um puxãozito desprendeu logo? Gostava de ser a pessoa que está na triagem só para me rir um bocadinho!!!

- Claro! 'tás a gozar? Eu puxei, não saiu... tinha de resolver a situação de alguma forma!

[E pronto... não me ocorre muito mais a dizer!]

4 meses de ti (de nós!)...

É um misto de "parece que foi ontem que nasceste" e "parece que já existes na nossa vida desde sempre"!
Comemoramos ontem 4 meses em que passaste a fazer parte da nossa rotina! Doentinha, mas nem assim perdes a boa disposição, sempre a sorrir para nós, com a alegria que eu espero que dure toda a tua vida.
Com 4 meses:
- entrelaças os dedinhos e ficas largos minutos a olhar para eles, como que numa descoberta da sua existência;
- interages connosco e com todos os teus brinquedos, fazendo sons novos todos os dias;
- com auxílio, já te consegues sentar;
- foste pela primeira vez para a creche e doeu [mais a nós do que a ti!]. Ao início mantens sempre a tua face sem expressão e não dás confiança a ninguém. Mas, uma semana depois, vinhas com um recado na caderneta a dizer "já conseguimos arrancar-lhe sorrisos, começamos a ganhar a confiança dela!";
- babas-te imenso, metes a mão toda à boca e coças as gengivas e eu acredito que possam ser os dentinhos a furar (embora quase toda a gente ache que sou doida!);

Os 4 meses são, também, um ponto de viragem difícil. Termina a licença de maternidade e deixo de te ter só para mim 24h por dia. Mas continuas a ser só nossa princesa. Porque te amamos como ninguém. Pertences ao mundo, mas o nosso coração passou a pertencer a ti. E, se algum dia me dissessem que era possível amar assim, diria que não compreendia como... porque não se compreende, sente-se :)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

E agora... o regresso ao trabalho!

E a única coisa que tenho a dizer sobre este assunto é que devia ser proibido irmos trabalhar antes das crias terem completado, no mínimo, um ano.
Ou, então, até estarmos psicologicamente preparadas para regressar ao trabalho! Se calhar é mais isto... Isto e as saudades de passar 24h contigo minha gatinha :) 


segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Algum dia tinha de ser o primeiro... hoje foi o dia!

O primeiro dia da Carolina no berçário!
Decidimos que ela iria uns dias antes de eu começar a trabalhar e que nesses primeiros dias iria só umas horas, para se ambientar. Ontem decidimos que iria só hoje à tarde! Talvez 15m fossem suficientes... mas com vergonha, lá fomos cedendo até às 2h de permanência lá! 
De manhã, comecei a hiperventilar [já me tinham avisado que era das piores coisas... e eu ria-me!]. O pai, esse 'bufou' a manhã toda, quase a ter uma síncope nervosa!
Ela ia toda airosa, mas o paizinho discursou o caminho todo: "Tu não deixes que te façam mal! Se te tratarem mal, quando chegares a casa, diz-nos, tá bem? Prometes que ficas bem? Não vais ter medo? [...]" Bem, não me lembro de mais, porque a dada altura desliguei que quem já estava a ficar com medo de ir para a creche era eu!!!
Depois de lá chegarmos e de o pai ter feito a habitual inquisição à diretora e à educadora, lá teve coragem de largar a mão à criança que, pelo ar descontraído, até devia estar mortinha por nos ver pelas costas.
Deixámos-la e o maridão foi-me levar ao hospital que desde ontem que fui brindada por uma amigdalite e uma otite que me dão tamanhas dores que, sinceramente, até me impediram de sentir saudades da cria. Isso e o facto de estarem aí umas 500.000 pessoas no hospital à espera desde as 9h da matina e com pulseiras amarelas (a mim atribuíram-me a verde, a modos de desisti da coisa e, qual contribuinte intrigada, lá meti o rabinho entre as pernas e fui ao privado!).
Mas voltando ao assunto que me trouxe aqui. Chega o maridão para me ir buscar, 2h depois e, a caminho da creche, diz-me ele: "já liguei para lá, só para ver se ela estava bem!" Pois, que grande novidade! Estranho seria se não ligasses, homem!. Só não quero é imaginar os dias em que ela vai ficar lá 8h! Aguenta coração :)