O pai e a roupa da criança!

O mais normal em quase todas as famílias é as mães agasalharem excessivamente as crias e os pais acharem que é sempre Verão! Cá por casa, como já repararam é sempre o contrário... e, neste caso, não é exceção.

Garanto-vos, antes que chamem a Comissão de Proteção de Menores, que eu não tenho dúvida nenhuma de que agasalho a princesa como deve ser. Para conseguirem ter uma imagem visual, a miúda leva sempre: meia-calça, calças, body, camisola interior/camisa, camisola exterior mais grossa, casaco polar/Kispo. Costuma ser mais ou menos isto.

Pois que não há um dia em que a criatura (vulgo marido) não me diga antes de eu sair de casa: "Não achas que ela vai com pouca roupa? Vai ficar doente! Tu és muito calorenta, não tens cuidado nenhum com a miúda!"

Digam-me lá de vossa justiça: devo sair de casa com a miúda embrulhada num saco térmico?

Das redes sociais...

Tenho cuidado, tenho algum cuidado na hora de postar algumas fotos da cria, nas redes sociais, dada a avalanche de informação que recebemos nos últimos tempos sobre a possibilidade dessas fotos irem parar às mãos erradas. Triste mundo em que vivemos que se está a transformar num local assustador para deixar os nossos filhos! Mesmo tendo bastantes restrições ao nível da privacidade... tenho algum cuidado. Algum, possivelmente talvez não o suficiente... 

E, se calhar, é por esse bocadinho de cuidado que me falta que o senhor meu marido me dá nas orelhas todos os dias. Porque não resisto a partilhar... E , noutro dia, quase me pedia o divórcio só porque publiquei esta foto:

Digam-me, pf, que ele é um bocadinho exagerado e que quem vê este perfil, não consegue, de todo, decifrar o rosto da minha gordinha! Ok, vê-se bastante o lado direito da face dela, a orelha, as bochechas, a amostra de cabelo e meio olho... Mas, estarei a ser negligente? Eh pah, que ter filhos tornou-me uma medrosa do caraças!

Eu queria conseguir resistir a publicar estas coisas, mas não consigo, porque é impossível falar-vos de felicidade sem mostrar isto [porque uma imagem vale mais que mil palavras].

Pai carente!

O pai tem passado menos tempo com a pimpolha. Mas por motivos de força maior, fruto das tais mudanças que nos têm acompanhado neste início de ano. Também ele abraçou um novo desafio!

Assim, um destes dias de manhã lá conseguiu um tempinho para levá-la à creche e fez logo questão. Passado um bocado, chega a casa muito indignado: "Então não é que ela foi o tempo todo sem esboçar um sorriso, sem me ligar nenhuma! Mas chegou lá e riu-se logo toda para a educadora! Achas normal?"

Vá lá filhota, para a próxima vê lá se vais o caminho todo a meter-te com o pai, como fazes quando acordas, às 7 da manhã [só que a esta hora ele não gosta!]. 

Portanto, como vês papá, é tudo uma questão de horário. Se bem te recordas, ela ri-se toda para ti, todos os dias, e pega contigo e puxa-te o nariz e chama por ti na linguagem dela. Só que a essa hora tu não ligas! O que se passou a seguir foi só uma vingança dela :P

Desculpem a ausência :)

Mas estes últimos dias têm sidos atribulados, com muitas mudanças!

Acho que a maternidade me deu a confiança e a coragem que me faltava há muito... E, se a vida começa quando decidimos o que queremos dela, penso que a minha recomeçará agora!

O maior risco/desafio da minha vida foi, sem dúvida, ser mãe. E só penso que se sou capaz de desempenhar esse papel na perfeição [pelo menos na minha perfeição!], então tudo o que virá será certamente ultrapassado! Cabeça levantada e energia positiva... e venha daí novo desafio profissional!

"um dia, ensinaram-me a acreditar que a luz que nos guia é muito mais forte do que os medos que nos cercam - chama-se Coragem.

um dia, ensinaram-me a acreditar que há em nós uma força, um querer e um crer que nada nem ninguém pode destruir - chama-se Fé.

um dia, ensinaram-me que uma das maiores certezas do mundo é que ele dá voltas. e que nenhuma dessas voltas é em vão." [Às nove no meu blog]

Dia do pai!

Quando me perguntavam o que esperava do homem dos meus sonhos, acreditavam que, previsivelmente, respondesse que gostava de ter um príncipe encantado, musculado, jeitoso, atencioso... Mas eu só queria que, acima de tudo, fosse um bom pai. Se fosse um bom pai era o meu príncipe encantado e  traria implícitas todas as outras características: querido, atencioso, meigo, sensível... Se fosse um bom pai era o homem perfeito. 

Quando te conheci, percebi que eras jeitoso, giraço, bem-disposto, mas um miúdo. E demorei um pouco até ter a certeza que poderias ser muito mais do que isso! Mas, passado uns anos, quando me perguntavam porque gostava tanto de ti, respondi muitas vezes que não imaginava melhor pai para os meus filhos...Mas, na verdade, estava longe de imaginar...

E estou tão orgulhosa! De mim, pelo instinto perfeito e de ti, pelo desempenho perfeito!

Sim, também és demasiado protetor, um bocado paranóico, excessivamente preocupado, pouco paciente... Mas isso é quase residual face ao amor que tens para lhe dar! E ela sente-o, porque a vossa relação é invejável! Tenho a certeza que nunca lhe faltará amor... a certeza absoluta... E se, desde que a princesa nasceu, tu és infinitamente mais feliz, acredita que ela sê-lo-à sempre também!

Feliz Dia do Pai!

Goza com a minha cara! É mesmo isso...

Depois do desabafo anterior, eis que ontem chego à creche e diz-me a educadora:

"oh mãe, não percebo a sua preocupação com a sopa. Juro-lhe que nem parecia que estava agora a ser introduzida nos sólidos. Comeu dois pratos de sopa melhor do que todos os outros! Não reclamou, nem se sujou sequer. Um amor!"

Ok. Eu devia tê-la a si cá em casa no fim-de-semana passado e confirmava o amor de miúda que ela foi! 

Portanto, das duas uma: ou com 6 meses já tem manhas comigo e ainda goza com a minha cara ou confirma-se que sou péssima a fazer sopa!

A primeira sopa!

... não correu bem! Pronto!

Tinha algum receio, mas até estava entusiasmada. Ela não tem propriamente ar de subnutrida; a garota gosta de comer! Vai daí, tive uma leve esperança de que ela se agarrasse à colher da sopa como se agarra à mama.

Começou bem, até mostrou entusiasmo, ao ponto de eu ponderar enviar sms ao pai a dizer que ela ia comer sopa como gente grande... mas depressa desisti da ideia! Lambia, mas não engolia. Cuspiu a sopa toda... eu, ela e a cozinha transformamo-nos num festival de sopa. O que lhe dava gozo era pegar na sopa à manada e enfiar os dedos na boca... e na cara... e no nariz... onde calhasse!

Depois berrava, com fome. E comia tudo o que eram saliências da minha cara (nariz, orelhas, queixo,...)

Dei-lhe a mama... isso sim, correu muito bem! As usual!

6 meses de ti (de nós!)...

E preciso que alguém me explique como é que já passou meio ano... MEIO ANO!

Esta celeridade do tempo faz-me pensar na efemeridade na vida!

Estes teus 6 meses foram marcados por muitas mudanças, muitas saídas da nossa zona de conforto! E és tu, filha, que me dás essa força que preciso, porque, afinal, o maior desafio da vida já o abracei há cerca de um ano e meio quando decidi ser tua mãe.

E com 6 meses:

- Sentas-te já sem auxílio (meia bêbada, mas lá te vais segurando).

- Aprendeste a refilar, gritando. Sempre que alguma coisa não te agrada, gritas. Mas gritas como gente grande! E enervas-me profundamente, quando te imagino uma histericazinha da pior espécie.

- Tens cada vez mais manhas... e mimo... e pedes colo com as mãozinhas esticadas.

- Começam a chatear-te os primeiros dentinhos e trincas tudo, babas-te, berras, choras. E deixaste de dormir a noite toda, passando a acordar quase de hora a hora. Convém que te lembres que nesta casa os pais trabalham!

- Continuas trombuda e só sorris quando ganhas confiança. És desconfiada, mas no fundo uma simpática, com um sorriso maroto!

- Continuas gorda e a mamar muito bem. Chegou a altura de introduzir a sopa e estou com medo! (papas estão proibidas! Vá-se lá saber porquê!).

- És uma curiosa (sais bem à mãezinha!) e achas muita piada a tudo o que mexa! O que não mexe, tu tratas disso e fazes com que ganhe vida também!

- Adoro quando imitas os sons que nós emitimos. E, quando não consegues, dás um gritinho e está o assunto resolvido!

O tempo tem passado depressa, mas não tenho saudades do que passou, nem ansiedade pelo que há-de vir. Saborear cada momento é a maior dádiva que a vida me tem dado. Obrigada meu amor, por me (nos) fazeres tão feliz!

Creche nova!

Hoje foi o dia... em que a princesa mudou de creche! 

Não tenho o coração tão apertadinho como da primeira vez. Mas está ansioso :)

Sei, no entanto, que se vai dar bem! Ela quer é 'varejo' :) É desconfiada, não dá confiança à primeira, mas, lá no fundo, é uma simpática!

Do primeiro dia, guardo o discurso maravilhoso entre o pai e a educadora:

[bla, bla, bla e diz o paizinho]: "Mas ela não devia já gatinhar?"

Educadora: "Você quer que ela vá já amanhã para a Universidade, é isso? A correr bem daqui a uns mesinhos!"

Ele: "Fogo, daqui a uns meses, conto que ela já ande!"

E pronto, é isto! Daqui a um aninho creio que o ouvirei dizer que tem saudades dela no tempo em que não andava!!!

Nutella!

Eu:"Precisamos de comprar mais um biberão para a princesa, porque na creche nova pedem dois e assim ficamos sem nenhum cá em casa!"

Ele: "Não, tens sempre aquele que usas para tirar o leite: da Nutella!"

A marca do biberão é Medela! Acho que foi isso que ele quis dizer!

Dieta já!

Hoje, na creche nova da "Gu":

[A preenchermos uma extensiva ficha de inscrição]:

Diretora: "A Carolina tem alguma doença?"

Pai: [muito peremptório]: "Obesidade!"

Médico de família :)

Há uns tempos estava a princesa com uma conjuntivite. Hospital com ela, prognóstico feito. Receita de antibiótico (umas gotas para colocar nos olhinhos).

Tudo bem, não fosse aqui a mãezinha, pessoa dada a leituras de todo o tipo, se decidir a ler a bula do medicamento. Alguns alertas, entre eles a indicação de que não deveria ser utilizado em recém-nascidos e uma série de efeitos secundários que lhe podiam estar associados, entre eles a morte (sim, leram bem!). Mas, eu, pessoa dada à relativização, só pensei: "pois que sim, a pílula também diz que pode provocar cancro e nós tomámos-la religiosamente todos os dias!"

Pior foi a ideia seguinte. Esqueci-me que tenho um marido paranóico, e num ato de desabafo, lá lhe comuniquei  que li. Pânico! Sem pestanejar, pega no telemóvel, liga para a saúde 24 e leva uma descasca daquelas: "Mas afinal quem é o médico? A senhora que atendeu a sua filha tem formação específica para tal e, obviamente, sabe o que faz! Faça o favor de continuar a medicação direitinha!"

Toma lá que já almoçaste! Eu avisei que ias passar vergonha (do outro lado da linha "saúde 24", quando lhe ouvem o nome já devem revirar os olhos!)

A princesinha está viva e recomenda-se (óbvio!)