sexta-feira, 29 de julho de 2016

A piscina!

A avó decide comprar uma piscina para a neta, que adora água (eu bem digo que ela é uma cópia do pai. Mas em bom!!!)
No dia seguinte pergunta-me o pai: "Sempre compraram a piscina?"
Eu: "Sim!"
Ele: "Onde compraste? Quanto custou?"
Eu: "No Pingo Doce. Da Patrulha Pata. Uma baratinha, 12€"
Ele: "12€? Mas isso é preço de piscina pequena! Vocês compraram uma piscina só para ela? Que desilusão... Eu pensei que era uma piscina grande para podermos estar todos lá dentro..."

Mea culpa... Que me esqueço que tenho duas crianças em casa...
Desculpa, meu amor. Não volta a acontecer!

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Ora, então, continuemos a lista...

O post de ontem  deu azo a uma série de comentários a alegar que a lista é muito curta! Totalmente de acordo! E, assim sendo, como prometido, continuemos a lista!
Tomando como ponto de partida algumas das sugestões que me deixaram (obrigada Susana!), elenquemos então mais 'coisitas' que deixei de fazer desde que fui mãe:

- Tomar banho descansada. Banhos demorados, banhos de imersão, banhos de espuma... Passaram a ser utopia. É que nem quando o pai está em casa! Porque passado 2 minutos estão as duas criaturas aos berros, pegados, uma a fazer birra e o outro sem paciência, e lá se vai o momento de relaxamento. Só penso em conseguir tirar o champô do cabelo e enxugar-me em 5 segundos para acabar com a chinfrineira! Quando aproveito o momento em que ela dorme, há sempre o receio que acorde e, portanto, também convém despachar!
Ah, e já que estamos na divisão 'casa-de-banho', também nunca mais fiz xixi descansada. Já perdi a conta às vezes em que o fiz com ela sentada no tapete do wc! Really!

- Dormir até ao meio-dia! Pois, já tenho muita sorte se for até às 8h, porque às 7h o relógio biológico da cria está programado para despertar para tomar o pequeno-almoço! E ai de quem ignore a fome daquela leoa!!!

- Ir ao cinema, jantar fora só a dois, ir ao teatro, a um concerto. Das duas, uma. Ou se deixa a miúda com alguém (e esse passo é muito difícil, porque não queremos incomodar e porque também não sabemos se sobrevivemos sem ela!); ou tentamos imaginar que as birras dela são excelentes peças de teatro, as traquinices um filme de animação e a comida espalhada pela cozinha é um jantar animado em que se foge à rotina! Sentido de humor. É o que uma criança exige... sentido de humor!

- Fazer alguma tarefa do princípio ao fim. É impossível, porque não consigo entretê-la com nada mais de 5 minutos seguidos. É muito insatisfeita, cansa-se depressa de fazer a mesma coisa. 

- Usar saltos altos. Não que o fizesse muito anteriormente, mas agora é que os bani mesmo da sapateira! É incompatível com bebés ao colo, correrias, agachamentos, calçada portuguesa + crianças.

- Ter calma. Eu sou uma pessoa calma. Eu ouço e calo. Eu aguento ouvir muita coisa. Se calhar, o verbo está mal conjugado. Eu era uma pessoa calma. Até ela nascer e eu me cansar de palpites, de excessos, de berros...

Há mais, claro que há mais. Mas não faríamos outra coisa. Estas já chegam para perceberem que não é cliché! Muda mesmo tudo! Para o bem e para o mal! Se forem preparadas e avisadas, custa menos! A sério!

[Nota: o blog tem muito mais graça com as parvoíces do pai, mas ultimamente, por incompatibilidade de horários não temos estado tanto tempo juntos, os três, como desejaríamos. Daí a falta de posts mais humorísticos! Os únicos diálogos que mantemos são, de manhã, em que a cria diz 'pá-pá, pá-pá' e o papá lhe responde 'deixa-me dormir'; e à noite, em que já estamos as duas a dormir e ele me acorda só para dizer 'ela é tãooooo lindaaaaa'! É isto!]

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Isto é tudo muito bonito, mas...

... há uma série de coisas que deixei de fazer desde que fui mãe! Entre elas [depois vou atualizando a lista em novos posts à medida que me for lembrando!]:

- maquilhar-me. A cria adora lamber-me, qual animal não racional. Vai daí, a única opção é manter a carinha lavada, se não quero que ela se alimente de creme hidratante, base, sombra ou rímel.

- usar brincos, colares e afins. Porque, das duas uma: ou fico sem orelhas ou pescoço em três tempos, ou então também se alimenta de acessórios. Ainda não percebeu que é um bocadinho indigesto. 

- usar camisolas/t-shirts/blusas com mangas. Só de alças. É que com uma filha hiperativa estou a transpirar e a escorrer água três segundos depois de ter tomado banho. Mesmo antes de sair de casa já estou completamente transpirada e como não quero que se note muito o ideal é vestir sempre a roupa mais fresca que exista no armário. Então, nestes últimos dias, em que estão 40º à sombra...

- Pôr-me pronta para sair de casa em 15m. Pois, isso era dantes! E é completamente incompatível com: vestir cria, mudar fralda, dar o leite, preparar a mala dela (com iogurtes, fraldas, toalhitas, mudas de roupa, biberão, copo da água, água, babetes, um brinquedo...e afins), arranjar maneira de a entreter enquanto me visto (e é bom que já tenha tomado banho!). Quando termino já está na hora de lhe dar mais qualquer coisa para comer, e entretanto fez um cocó enorme e tenho de lhe mudar a fralda novamente. Ponho-a no carrinho, pego na minha bolsa, no saco dela, na cadeirinha do carro, monto a cadeira no carro, acomodo-a... e, de repente, já passou mais de uma hora e eu já não tenho é vontade de sair!!!

Sintam-se à vontade para completar a lista! 
O certo é que não trocava isto por nada... ahhhh, mentira!!! Claro que trocava. Há alguns dias em que trocava claramente por momentos de tranquilidade, sem rotinas, só com os meus timings, de preferência numa ilha paradisíaca a namorar muito!!!

terça-feira, 26 de julho de 2016

Macaquinha de imitação!

A miniatura cá de casa está numa fase em que imita tudo. 
Os sons... Os gestos... Por exemplo, estes dias eu estava na conversa com ela e, a dada altura, lembrei-me de uma coisa e disse 'ah' e bati na minha testa. O que fez a peste? Suspira 'ah' e vem bater na minha testa! [sim, na minha, que a dondoca sabe que na dela faz doer!]
Mas a melhor de todas foi ontem!
Só para contextualizar, já aqui disse que ela adora ir para a creche. Há meio ano que vai todos os dias cheia de vontade, não quer saber de nós para nada, chega lá, começa a dar às perninhas com uma emoção enorme e estica logo os braços para ir para o colo da educadora ou das auxiliares. Nunca houve um dia mau! Nunca! Mas ontem, quando chegámos lá, estava um coleguinha dela a fazer uma birra, a chorar e a agarrar o braço do pai. O que faz a pestinha? Agarra-me o pescoço com toda a força, numa birra para não ficar e começa a fazer um choro de mimo forçado, claramente sem vontade nenhuma de chorar, mas achou piada imitar o menino!
E, pronto, é isto! Dá-me vontade de rir!

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Agora dá-lhe para isto #9



Tira os legos da caixa e atira-os (propositadamente!) para o chão! A mãe que se dedique aos agachamentos que só lhe faz bem!
Isto piora consideravelmente quando se sente contrariada. Aí, enche as bochechas de ar, olha para mim com cara de má, ganha balanço e atira com toda a força que tem (e não é pouca), acompanhado de um "aaaaaa".

Tem 10 meses. 
10 meses.
E, se isto é assim aos 10 meses, cheira-me que vamos ter muitas arestas a limar, minha peste. Ai vamos, vamos!

Só um aparte: aqui o estaminé anda um bocadinho paradinho, mas a culpa é do calor... que pede férias!

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Menina da mamã!

Aprendeu a dizer mamã! 
Embora seja uma impostora, porque só diz quando quer alguma coisa, quando se vê aflita ou quando o pápá não lhe liga nenhuma!
Mas diz! Com aquela voz doce, soletra Má...má!
E, de manhã, só quer a mamã...
E, de repente, todos dizem que está cada vez mais parecida com a mamã :)

Mandem lá abracinhos ao papá para ele não deprimir!!!
Meu amor, para mim, ela é claramente a menina do pá...pá ;) Até chama por ti quando tem saudades!

terça-feira, 19 de julho de 2016

Ruca

Nota prévia: Leia só quem tiver sentido de humor e filtros. Obviamente que se trata de um assunto sério, com o qual não se deve brincar! Não é essa a pretensão!

Os três a ver o Ruca. Sim, a TV está viciada no Canal Panda, alguém a manipulou!

Desabafa o pai, com ar muito sério e preocupado:
"O Ruca deve ter cancro! Já é crescido, já fala... e não tem cabelo nenhum!"

[?]

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Filha sobredotada - parte... [perdi-lhe a conta!]

Trago o relatório da creche de final de ano e leio-o ao pai:

"A Carolina alcançou quase todas as competências estabelecidas no seu Plano de Desenvol...vimento Indivi...du.."

Fui interrompida, prontamente, por uma voz muito indignada:

"QUASE??!! Como quase todas??? Tenho a certeza que ela excedeu as competências... É minha filha, caraças!"

Não consigo comentar! É mesmo tua filha, caraças! Se calhar, por isso, é que é um bocadinho preguiçosa em algumas coisas... e teimosa... e com mau feitio... e a achar que há coisas que só faz se lhe apetecer!

[desculpa, mas estás sempre a pedi-las! Ah, ah, ah!]

sábado, 16 de julho de 2016

Filha, há um "eu" que não quero que herdes!

Sou fraca... clara e assumidamente fraca. Sinceramente fraca. Emocionalmente fraca. 
E assumir isto é terrível, porque eu sei que toda a gente gosta de explorar as nossas fraquezas. Regozijam quando percebem que podem aproveitar-se do nosso lado mais vulnerável. Mas eu não tenho medos e, por isso, falo abertamente sobre isso. Sou ingenuamente transparente, infantilmente sincera. O meu único medo é o de não ter quem me ame! Ridículo, não é?
Sou especialmente carente, exageradamente sensível, com uma necessidade brutal de ser notada, elogiada, de ser permanentemente mimada. Gosto de me sentir especial. 
Não sejamos hipócritas. Eu sei o que valho, sei que sou boa profissional, dedicada, muito responsável e trabalhadora, boa esposa e dona de casa e sei que me esforço para ser uma excelente mãe. Sei que faço tudo o que devo e, até, o que não devo só para agradar. E isso é uma bomba-relógio! Porque um dia fartámos-nos de ter de provar todos os dias aos outros o que valemos... e sentimos que nunca é suficiente...e as expetativas do que esperamos receber de volta saem todas defraudadas. Ajo, a maior parte das vezes, para que gostem de mim, para que me dêem atenção, para implorar carinho. Mas porque sou efetivamente feliz assim, não saberia viver de outra forma. Mas, cansa. Porque é impossível recebermos dos outros aquilo que ambicionamos. Criamos sempre expetativas irreais, inalcançáveis. Porque as outras pessoas fazem o que está correto: pensam primeiro em si. Fazem aquilo que lhes dá na real gana para serem felizes. Mesmo que magoe os outros. Não se preocupam, nem são suficientemente altruístas para pensarem primeiro no outro e no que faria o outro feliz!
Quem me conhece sabe que eu sempre quis ter muitos filhos. E, agora que me conheço a cada dia melhor, reconheço que esse é o meu maior ato de egoísmo! De amor, sim. Mas, sobretudo, de egoísmo! Porque a minha filha (e o/os outro/os filhos que gostaria de ter) são a minha única esperança. De sentir que nunca deixarei de ser amada... ou de ser amada incondicionalmente! E até aqui é uma esperança ridícula! Porque ela pode, efetivamente, deixar de gostar de mim. Mas é aqui que entram de novo as expetativas: enquanto ela é assim, um ser minúsculo, dependente de mim, eu acredito que vai ser ela que me vai dizer que sou a melhor super-mãe, a mais bonita, a mais especial, a que cozinha melhor, a que lava melhor a roupa, a que passa melhor a ferro. E gostava que dissesse o mesmo sobre o pai, que não haverá mais nenhum homem no mundo como ele! Mas, presta atenção, minha filha, nunca digas isso a um namorado, a um amigo, a um marido... porque lhe vai doer! Porque cada um de nós quer ser o melhor, o mais especial! E, se amares muito essa pessoa, fá-la sentir isso! Que é a mais especial de todas. Vais fazê-la feliz! Sobretudo se ela for emocionalmente instável... emocionalmente fraca!
Os filhos que eu gostava de ter são o meu refúgio, o protótipo de amor que idealizei! Ter a minha filha nos meus braços, apertá-la e enchê-la de beijos, exibi-la... é a única forma de mostrar que existo, que sou boa mãe, boa pessoa... sem ter de provar nada a ninguém. Porque vê-se a criança saudável, desenvolvida e feliz que ela é! 
Mas tudo isto é egoísmo. É fraqueza. É ciúmes. Mas é, também sinceridade. E, por isso, é que não tenho medo de o dizer. Devemos admitir, minha filha.
Mas esta é a parte da minha personalidade que não quero que herdes. Serias feliz na mesma (porque eu sou), mas nunca tão feliz como o teu pai! E, por isso, desejo que, tal como ele, tenhas uma personalidade forte, uma vida desprendida, menos sentimental e uma auto-estima inabalável. Desejo que te valhas a ti própria sem precisares do mundo. Que não precises das palavras dos outros para te elogiares. Que percebas que o mundo à tua volta pode nunca te provar, mas que serás sempre especial! E o teu pai certamente fará muito bem o trabalho de te educar nesse sentido!


quinta-feira, 14 de julho de 2016

Só para finalizar...

... este tema, o meu querido marido vê a Rita Pereira com este vestido e rosna:


"Ora aqui está um vestido com padrão bonito, que não é à velha!"

Creio que o que ele quis dizer, foi:
"Se tivesses o corpaço da Ritinha, até um lençol velhinho ou uma toalha de cozinha [ou até mesmo um vestidinho à velha] te assentavam como uma luva!"
Era isto. Mas não me quis deprimir mais!!!

quarta-feira, 13 de julho de 2016

A pior mãe do Universo...

... sou eu! Clara e assumidamente, eu!
Devia ter vergonha de admitir isto, mas não consigo viver com esta culpa só para mim!
Hoje, as rotinas mudaram um bocadinho - quase nada - mas o suficiente para o meu chip pifar! Eram 5 da manhã e ouvi a cria a gemer, com muita tosse, congestionada e com dificuldade em respirar pelo nariz. Fui buscá-la e descongestionei-a com soro fisiológico. Ela fica má comigo, porque detesta, e fica a odiar-me. Para me redimir, pus-la na nossa cama e dormiu connosco até às 8h. Como ela não tinha tomado banho ontem, foi a primeira coisa que fiz hoje de manhã. No fim, aproveitei e vesti-a logo, entreguei-a ao pai, vesti-me e fui levá-la à creche. Vim, tomei o pequeno-almoço e, de repente, baixa em mim uma luz... "Morrrrrrrrrr, nenhum de nós deu o leite à menina!"
Acho que não acabei sequer a frase. De chinelos, peguei na chave, bati a porta e corri até à creche, auto-flagelando-me nos 2m de caminho até lá! Devo ter chegado com um ar tão sofrido que a educadora perguntou-me, em pânico: "Que se passa mãe?" E eu, envergonhada, só sussurrei: "Dê, p.f., leitinho à Carolina que eu trouxe-a sem lhe dar... já não come nada desde ontem à noite!" Mas ela, a pimpolha, lá estava, sentadinha, impávida e serena, a brincar, sem reclamar, mesmo que estivesse com o estômago colado às costelas!
Apeteceu-me comprar uma vergasta e mutilar-me 24h seguidas! Como é que eu me esqueci de dar de comer à minha filha???? 
Se chamarem a CPCJ eu rendo-me de imediato e prometo admitir que sou a mãe mais negligente do mundo!
Desculpa, meu amor! Acredita que viver com este peso na consciência já é dos maiores castigos que a vida me pode dar! Amo-te muito...

terça-feira, 12 de julho de 2016

A velhinha!




Tirei uma selfie pirosa e sem qualidade nenhuma, à pressa no elevador (a minha princesa ainda não sabe tirar fotos!), porque tinha mesmo de vos ilustrar o momento seguinte.
De manhã, toda vaidosa, lá visto o meu vestidinho que adoro - fresco, solto, prático, versátil, com cores bonitas e suficientemente elegante e discreto para a ocasião - pelo menos, este foi o meu entendimento.
De repente ouço o macho cá de casa a grasnar um:
- Vais com um vestido à velha à entrevista? De certeza que se eu abrir o armário da minha avó, os padrões são todos iguais a esse! Desisto, não sabes ser fashion!

E assim se arrasa a auto-estima de uma mulher :D :D 

By the way, continuo a amar o vestidinho. Cortefiel a contribuir para problemas conjugais!!!

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Campeões!

Hoje fui levá-la à creche e estavam a ensiná-los a cantar:
"Campeões, Campeões, nós somos campeões!"

Desejo do paizinho:
Que aprenda a dizer Porto depressa! Porto e Campeões será a conjugação perfeita!

sábado, 9 de julho de 2016

10 meses de ti (de nós!)...

Hoje fazes 10 meses... número redondinho! Estás crescida! Embora nós não consigamos ter uma percepção real e contínua desse crescimento, porque como estamos contigo todos os dias, pareces-nos sempre a nossa bebé!
Com 10 meses:
- tens 5 dentes já enormes! E, felizmente, nem damos conta deles nascerem. Não ficas chata, não ganhas febre, não perdes apetite. Só enfias tudo na boca, com um vigor entusiasmante. E babas-te imenso... a ti e a nós! Ah, e já me deste uma ferradela tão grande que me marcaste 3 dentes num dedo!
- dizes 'papá' de forma clara e inequívoca e tentas dizer 'olá'.
- fazes com as mãozinhas os gestos da música 'a galinha põe o ovo' e, na parte em que contamos 'a Carolina papa-o todo', levas a mão à boca como se fingisses comer o ovo! Fartamos-nos de rir contigo!
- és muito preguiçosa [tens a quem sair!] e não gatinhas, nem gostas de te pôr de pé. Começas a tremer das pernas e a chorar.
- És uma oferecida e vais ao colo de toda a gente! Sempre a rires-te, queres é pagode! Continuas a adorar a creche e preferes estar lá do que em casa. Gostas de dar beijinhos e abracinhos aos teus colegas todos (não te preocupas se já são grandes e se enervam e te dão um safanão!) Quando eles estão longe de ti, como não tens a menor vontade de gatinhar, arrastas o rabo, aos saltinhos, até chegar perto deles.
- Começamos a perceber claramente o teu temperamento! E que feitiozinho! Eu bem digo que és pestinha como o pai! Com cara de rufia e birras quando és contrariada!
- Adoras cantar. Só sabes dizer 'aaaaa' ou 'laaaaa', mas entoas melodias fascinantes! E bates palminhas!
- Continuas a comer de tudo, muito bem!

Têm sido 10 meses de aprendizagem. De um desejo de te sugar e voltar a ter-te só para mim e, simultaneamente, de te entregar ao mundo, para que o absorvas e sejas muito feliz! Como, aliás, se nota que és. O olhar e o sorriso de uma criança não mentem!

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Mais do mesmo :D :D

Ontem na creche:

Educadora: "Vão ser precisas fraldas. Assine aqui mãe."
Eu: "Ok!"
Ele: "Isto vai acabar! Ou você também não acredita que ela vai deixar as fraldas este Verão?"
Ela [a franzir o sobrolho]: "Pode tentar pai, que tudo é uma questão de hábito. Não acredito é que seja bem sucedido que a criança não tem ainda idade para saber controlar os esfíncteres!"
Ele [com ar de quem não estava a perceber patavina do que ela estava a dizer... ou então estava a ignorar redondamente]: "Você vai ver!"

[a educadora arregalou os olhos, encolheu os ombros, pensou na melhor maneira de dizer o que pretendia e, depois de ganhar coragem, lá chuta:]

"Oh mãe, você devia escrever estas pérolas do seu marido!"
Eu [sorri]: "Já tem sido tudo devidamente documentado num blog. Um dia esta criança há-de saber o pai que tem!"

Nota: Só para perceberem que não sou a única a achar que casei com um E.T.! A mulher conhece-o há meia dúzia de meses. Ele vai buscar a filha uma ou duas vezes na semana e trocam, no máximo, 4 ou 5 palavras. E ela já sabe a ave rara que habita comigo!


quinta-feira, 7 de julho de 2016

Sobre as expetativas...

... Bem, eu disse que voltaria a este tema mais tarde - as diferentes percepções, por parte dos elementos do casal, da vida após a maternidade e como se faz a gestão das diferentes expetativas! É que, às vezes, não se faz! E o resultado são as tão comuns depressões pós-parto!
Estes dias, perguntava-me o meu marido: "Tu não sofreste disso, pois não?" Não, felizmente, não! Porque imagino a agonia e a dualidade de sentimentos que daí advém. Mas, hesitei na resposta que lhe deveria dar. Porque a verdade é que me senti, muitos dias, a patinar, na corda bamba entre o lado de cá e o lado de lá e numa luta fortíssima por não me deixar ir. E é muito fácil ir... 
São muito comuns as queixas das mulheres-mães - um dia destes faço uma tese de doutoramento para corroborar as minhas teorias! - sobre o pós-parto. Primeiro, porque somos nós que sofremos as dores todas do antes, durante e depois. E eles, pedem-nos para ter calma! Depois, porque temos as hormonas aos saltos e eles, que não fazem a menor ideia do que isso é, dizem que somos maluquinhas! [Às vezes somos. Eu lembro-me que estava tão descompensada que um dia, ao escorrer a massa do jantar, o testo do tacho caiu e a massa estendeu-se ao comprido no chão da cozinha! Fiquei num pranto! Como se acabasse o mundo, porque não ia ter jantar. E lembro que tenho o Braga Parque ao sair da porta, portanto, o problema ficava resolvido em 5m! Mas pronto, há mesmo momentos em que o nosso cérebro não funciona e ponto!]. E, depois, vem a parte pior: a vida social deles continua igualzinha. Vão jogar à bola, sair com os amigos, jantar fora, tomar um cafezinho,... e nós, temos de ficar em casa, isoladas do mundo, a tomar conta daquela criatura que nos caiu no colo, a quem temos de dar de mamar de 3 em 3h (quando não é menor o espaço de tempo!) e embalar e mudar fraldas e acalmar cólicas,... 
E vem a pergunta estúpida, quando chegam a casa: "Porque é que estás tão enervada e aborrecida e de mal com o mundo? Ela até está a dormir!"
"Pois está! Agora! E tu, vais-te deitar e dormir a noite toda, porque nem dás conta de que acordo de 2 em 2h, para dar de mamar, acalmar, meter a chupeta à boca, ou, apenas, chorar! Aproveitar para chorar quando ninguém ouve, nem vê!"
É que, de repente, não é nada como imaginei! Os sonhos com os passeios a três ao Jardim Zoológico, com jantares tranquilos, com férias a três, com tarefas divididas equitativamente, com a sanidade mental toda são interrompidos pela realidade bem diferente! Piora quando um acha que faz sentido ir jantar com os amigos e o outro acha que não, porque não podemos levar os filhos ou não podemos ir sem eles. Piora quando um acha que era giro ir passear à praia em família, mas o outro acha que está demasiado frio ou demasiado calor e a criança é uma florzinha de estufa que não tem de ganhar defesas. Piora quando um quer distrair o rebento e ir arejar e o outro só quer dormir. São só exemplos! Pequenos exemplos que nos fazem perceber porque é que, muitas mulheres põem em causa se ter um filho terá sido a melhor opção, ou se terá sido a altura certa. E que, muitos homens não compreendem, porque acham que é tão bom, tão perfeito, tão fácil... que chegam a não entender porque é que piramos! 

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Agora dá-lhe para isto #8

Chora desalmadamente sempre que a vamos deitar. Berra, como se a estivéssemos a matar, o choro compulsivo vem lá do fundo, sentido e sofrido. Até soluça! E agarra-se à nossa roupa ou ao nosso pescoço, para não a pousarmos! E faz isto com tanta esperteza, que quase nos demove da ideia de a pôr a dormir... quase nos convence... porque os bebés têm essa capacidade de suborno inconsciente!

Mas nós temos resistido a esse suborno... e ainda bem! Porque ela berra, deita lágrimas grossas, esperneia, grita... mas passado meio minuto está a dormir ferrada... até de manhã!

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Do amor... das diferentes formas de amor...

Há cerca de um ano, mais ou menos, tive uma daquelas conversas parvas com o meu marido, em que só percebemos o quão ridículas são quando já as estamos a ter.
Perguntava-lhe eu, numa ingenuidade quase imbecil:

" Se eu for agora para o hospital e te disserem que só uma de nós poderia sobreviver, eu ou a tua filha [estava grávida na altura], e que te caberia a ti a escolha, o que dirias?"

Ele estremeceu, nunca tinha pensado nisso [e ainda bem! só eu para me lembrar de coisas estúpidas!] e disse-me numa sinceridade brutal:

"Não pensava muito, porque para mim seria óbvio optar por ti. Essa criança ainda não nasceu, ainda sei viver sem ela. Já gosto muito dela, não me julgues mal, mas ainda não sei o que é viver com ela. Contigo, poderei ter outros filhos. E não sei o que é viver sem ti!"

Desta vez, estremeci eu! Mas, no lugar dele, teria dado a mesma resposta, por muito que muitos me possam julgar!

Um ano depois, tenho a certeza que a resposta jamais seria a mesma! É para ela que ele vive, é sem ela que ele não sabe viver. E estremeço novamente, porque sinto o mesmo. E porque me alegro com a certeza de que a nossa filha, esta filha, nunca poderia ter tido outro pai! 

sábado, 2 de julho de 2016

Medo ou desejo?

Passas uma noite inteira a vomitar (sim, tenho um estômago de florzinha de estufa!) e a primeira coisa que o teu marido te diz quando acorda é: "Acho que vou ali à para-farmácia comprar um teste de gravidez!"

[caso interesse, não estou grávida, sim?]