domingo, 26 de fevereiro de 2017

Houve reunião...

Pois então, que isto anda assim para o paradito, que a nossa vida está em 'modo mudanças!' Mas na 6ªf houve reunião. E isto significa que há novidades, pois claro!

[Educadora]: 'Bla, bla, que ela atingiu esta competência. Bla, bla, esta está parcialmente alcançada. Esta foi atingida mais cedo...' O habitual.
[Eu, a que faço perguntas pertinentes!]: 'Diga-me, de acordo com a sua experiência, se ela deve fazer o desmame do biberão de manhã, porque a ideia que tenho é que está na altura.'
[Educadora, muito atenciosa]: 'Está dentro do timing, porque os especialistas aconselham que seja feito até aos 2 anos, portanto não se preocupe. No caso dela, é importante que aprenda, primeiro, a beber bem pelo copo, porque ela é um bocadinho taralhoca e parece que se está sempre a afogar!'
[Pai]: 'E quando é que lhe podemos introduzir o potezinho? (a frase foi mesmo assim, fantástica!) Ela já diz que tem cocó.
[Educadora]: 'Na minha opinião, é muito cedo. Ela ainda não tem noção, nem saberá controlar os esfíncteres (toma, já te disseram isto 500 vezes, tu não ouves). Mas, eu tenho estado atenta aos sinais - se ela se sente incomodada com a fralda suja, se pede para tirar, se passa longos períodos com a fralda seca,..., porque me têm dito que o pai fala muitas vezes do desfralde (v-e-r-g-o-n-h-a), mas concluo que não está na altura.
[Pai]: 'É que eu já pensei pôr o pote lá à vista, em casa, e pôr cocó de plástico lá dentro para ver a reação dela!' (Oi? Ele disse isto?)
[Educadora]: 'É, faça isso, mas depois não se venha queixar que ela vê o pote como uma brincadeira, em vez de o levar a sério!'

(A dada altura, lá se dá por vencida e conclui:)
'Mas, pronto, pai, isto na educação e no desfralde, não há fórmulas perfeitas. Eu acho que não está na altura, mas não quer dizer que se insistir muito, não aconteça!

[Bem, acho que só continuo a ir às reuniões com ele, para ter histórias para contar!]

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

De novo a sobre-dotada - e a resposta brilhante!!!

Hoje, acabadinhos de chegar à creche.

Situação nº1
[Auxiliar]: 'Olhe pai, tenho boas notícias para si. Há tanto tempo que anda a pedir uma reunião, que vai ser esta semana. Escolha aqui o dia e a hora para estar presente!' 

Nota-se bastante que tenho um marido um bocadinho obcecado pelo desenvolvimento da filha? Ou, então, toda a gente acha que ele tem um fraquinho pela educadora, porque só isso justifica uma tão grande ânsia por reuniões! De tal forma que já lhe esfregam isso na cara!

Situação nº2
[Pai]: 'Ela já diz que tem cocó. Nós até já lhe compramos um potinho. Como é que devemos proceder?'
[Auxiliar]: (revira os olhos) 'Já? Não acha que ainda é cedo? Não quer casá-la já também?'

Porque é que eu insisto em ir com ele à creche, se já sei que isto acontece todos os dias? Vale a pena explicar a todas as funcionárias que a criatura com quem tive uma filha é só um bocadinho palhacinho e com um comportamento um bocadinho peculiar ou deixo-as achar que é mesmo parvinho e que eu sou uma coitadinha porque tenho de aturar todos os dias um ET? 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Ainda o Dia dos Namorados!

Na creche, fizeram todos um trabalho manual e escolheram um/a colega a quem oferecer. Para além do amor, celebra-se, nesse dia, também, a amizade.
Abri (porque vinha enrolado numa fitinha que dizia 'do Francisco para a Carolina') e vi muitos corações. Pensei 'vai ser bonito quando o pai vir isto!' Deixei na sala, mas ele, ou não viu, ou fingiu que não viu! Até que, no dia seguinte, num misto de medo e entusiasmo, lá lhe disse 'olha que giro! Eles fizeram lá para comemorar o dia da amizade!'

[agora imaginem a expressão. Cara cerrada, ar de mauzão, olhos esbugalhados...]
'Dia da amizade??? Com esses corações todos??? Eu vou ter lá uma conversinha!'

Disse-lhe eu:
'Pensa positivo. Ao menos não foi do Manel!'

[franze o sobrolho]

'Então é de quem? Ai não é o Manel? Já é outro? Eu vejo um nome de homem e já nem penso! Para mim são todos iguais!'


terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

S. Valentim

Gosto que hajam motivos para celebrar o amor, a amizade e os sentimentos no geral. Não gosto de datas pré-estabelecidas que acarretem em si um certo grau de obrigatoriedade [talvez seja este o motivo porque não ligo ao Natal, Páscoa e afins]. Gosto de todo o clima que envolve esta data: dos balões, dos corações, das sugestões de programas a dois, das hormonas a pipilar! Mas gosto muito mais da ideia de celebrar o amor todos os dias, porque não gosto de coisas forçadas.
Se celebrarmos o amor todos os dias, o dia dos namorados deixa de fazer sentido! Se o entendermos como um lembrete ao incentivo de amar, então faz todo o sentido!

Ninguém disse que o amor era fácil todos os dias, mas se for feliz é porque estamos no caminho certo! 

Os meus dois amores <3



domingo, 12 de fevereiro de 2017

A biblioteca

Precisamos de ampliar a nossa biblioteca.
A criatura desenvolveu um gosto enorme por livros. Ainda é demasiado cedo, sim, para lhe antever um futuro promissor como leitora assídua, mas a verdade é que, por mais brinquedos que tenha, só quer os livros. Folheia-os pacientemente, pede para lhe contar histórias, mesmo que eu tenha de repetir 200 vezes a mesma! Perco a paciência e invento personagens e enredos que em nada têm a ver com o que lá está escrito! Porque os dias dela são passados ente o 'já tá' e 'ôta, ôta'. A modos que está na altura de comprar livros novos sob pena de ficar com o cérebro pré-programado para as histórias do costume!

[portanto, minha gente, quando lhe quiserem oferecer alguma coisa, a snobe não liga a brinquedos. Ela é mais livros. De folhas grossas. Porque os que têm folhas finas têm vida curta!!!]


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

17 meses de ti (de nós!)...

Tenho saudades de quando eras bebé (às vezes), mas gosto muito mais de te ver crescer!
Amei-te desmesuradamente como recém-nascida, mas por muito impossível que isso possa parecer, esse amor cresce ainda mais à medida que o tempo avança!
Já lá vão 17 meses. E nesta fase:

- Percebemos que és miúda de rotinas. Se te alteramos o curso normal dos teus dias (basta não dormires a sesta um dia) isso repercute-se numa semana inteira. É ver-te chatinha, a fazer birras, a lutar contra o sono. Depois passa. Aconteceu duas vezes. Nas únicas duas vezes em que tentamos fazer programas diferentes contigo. Já percebemos que não resulta. Vamos render-nos às rotinas. É assim que, para já, és (somos) mais calmos e felizes!

- És tão doce e tão querida que eu só queria que nada nesta vida te mudasse essa maneira de ser. Que não experimentasses o lado cruel da vida para não te tornares numa pessoa mais amargurada. Passas o tempo a distribuir sorrisos, abraços, beijinhos, abracinhos. Falas com aquele ar de bebezês que derrete qualquer coração. Dizes sempre obrigada. Quando chegas à creche, todos os teus amigos te vêm receber com um 'bom dia Caolina' e abraçam-te e dão-te beijinhos, o que só prova que és mesmo adorada por todos! E como gostas de lá estar. Um dia imaginarás o quanto isso nos reconforta o coração, a nós, pais!

- Gostas de ver livros. Folheá-los. Ver imagens. Tentar dizer a que corresponde cada imagem. Adoras ver vídeos e fotografias tuas. E seres gravada ou fotografada. Vaidosona! Basta dizer 'estou a gravar, ri-te' e, quase em modo automático, a tua feição abre-se num sorriso rasgado.

- Nunca mais te cresce o cabelo. Até os meninos têm o cabelo maior do que o teu. Estou ansiosa para te conseguir colocar um ganchinho. Mas nem isso segura. Já percebi que vamos ter de esperar uns anos até te conseguirmos fazer um rabo de cavalo!

- A palavra 'não' converteu-se na tua favorita. E as birras cada vez mais constantes. É ver-te fazer beicinho e desatar num berreiro histérico (uns decibéis acima daquilo que os meus tímpanos estão habituados) sempre que és contrariada. Mas acho que aos poucos vais percebendo que, cá em casa, ninguém se compadece com tiranos! Como diz o teu paizinho: 'Isto agora é tudo muito bonito, mas estou a antever uma adolescência difícil!'

- Papagaias de uma forma que eu, sinceramente, não acreditei ser possível aos 17 meses. É muito fácil entender tudo o que dizes, ainda que no meio de uma suposta frase, pronuncies uma ou outra palavra ininteligível. Mas expressas-te bem e dizes claramente vocábulos difíceis como 'bolacha', 'obrigada', 'princesa'. Ainda que de uma forma muito engraçada, porque dobras a língua. 

- Continuas a comer tudo (sempre a pedir 'maix, maix'). Adoras experimentar alimentos novos e de texturas diferentes e as únicas coisas que não comes mesmo é mamão e queijo. O resto marcha tudo! E continuas também a dormir 12h/noite sem acordar. Adormeces sozinha, com as duas Minnies e, passado uma horita, quando te vou cobrir, já tu dormes ferradinha e colocaste as bonecas aos pés da cama. De manhã, quando pressentes que me levanto, sentas-te sossegadinha na cama e esperas que te vá buscar para te dar o leitinho. Mas se eu adormecer e demorar mais meia-hora do que é habitual, aí sim, começas a chamar 'mamã', mamã'. Também já sei que temos muita sorte e que esta não bate duas vezes à mesma porta! 

Sabes, meu amor, sonhei-te desde que me conheço. Mas tu estás muito para lá dos meus sonhos. Muito para além daquilo que alguma vez eu seria capaz de sonhar. Obrigada. Por fazeres de mim, todos os dias, uma pessoa melhor. 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

A obsessão pela Minda

Não consigo explicar. A rapariga desenvolveu toda uma paixão por uma auxiliar da creche. A D. Arminda. É vê-la a chamar pela Minda a toda a hora. É vê-la correr para ela sempre que a vê. É vê-la dar-lhe abraços e beijinhos e sorrir com uma ternura inexplicável. Diz-me adeus prontamente, com um ar de desdém que denuncia um 'põe-te andar que eu estou bem entregue!' Chama-lhe vovó Minda. Tem ciúmes dos outros meninos que vão para o colo dela. Dizem lá na creche que ela é a 'sombra da D. Arminda', porque anda sempre atrás dela. Não consigo explicar este amor. Mas agradeço todos os dias. Obrigada D. Arminda, não imagina o quanto eu fico grata por confiar a minha filha todos os dias a alguém assim!
Estes dias fui levá-la e o cenário foi o mesmo de sempre. E eu disse: 'vai lá, corre para o amor da tua vida!' E a D. Arminda diz-me, com um certo ar de culpa: 'Não sei explicar porque é que ela gosta assim tanto de mim. O pai fica assim um bocadinho coiso.' [Por coiso entendo que ele fica cheio de ciúmes. E sim, D. Arminda, ele é um bocadinho ciumento, mas tenho a certeza que fica infinitamente feliz cada vez que assiste ao namoro das duas!]

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Conta-me Hi(E)stórias#2

Ela é Balança.

Ela é diplomática. Passa a vida a medir as ações com medo de magoar os outros. E quer agradar sempre a todos. Muito pela necessidade de que gostem dela. Gosta de se dar bem com o Mundo.
Ela é indecisa. Ou melhor, é de extremos. Sabe exatamente o que quer e o que não quer e não vale a pena tentar dar-lhe a volta. Mas, há alturas, em que detesta ter de tomar decisões e prefere que decidam por ela. 
Ela é muito justa. Sabe calçar os sapatos dos outros e ver sempre os dois lados da mesma moeda.
Ela não é dona da verdade mas odeia a mentira. Basta uma desilusão para a magoar para a vida. E a velha história do 'Pedro e o Lobo' faz-lhe muito sentido. Basta uma mentira para que todas as verdades sejam postas em causa.
Ela é inconstante. Consegue, no mesmo dia, chorar compulsivamente e rir à gargalhada. É muito teatral também.
Ela é intensa. Tão intensa que enerva.
Ela é organizada. Obcecada pela ordem. E gosta de planos, que sejam rigorosamente cumpridos.
Ela é tolerante. Demasiado. Enche o saco até rebentar. E, quando rebenta, saiam da frente que ela chega a perder a compostura.
Ela é humilde e altruísta. Nunca se acha melhor que ninguém e, às vezes, precisava de gostar mais dela própria. Gosta de entender o mundo e sofre com isso. Aparentemente calma, mas um turbilhão interior. Não confundir a sua calma com aceitação. É só diplomacia.
Ela é tímida. Mas adora exprimir sentimentos. Gosta de falar. De amor. O amor é o grande impulsionador da vida dela. É apaixonada. Muito apaixonada. Romântica. Doce. Meiga. Carente. Emotiva. Carinhosa. Outra vez apaixonada. Sempre apaixonada e sonhadora.
Ela pensa demais. Mais nos outros do que nela. E vive a vida num balanço. Num (des)equilíbrio constante.
Ela é Balança.

[E ainda bem que tu, filha, não és! Antevejo-te com pinta de artista. Sensível e arisca. A ordenar-te na desordem. A confortares-te na rotina, mas a desejares inovação. A dares importância aos detalhes da vida, mas a saberes que a vida não se resume a isso. Tu és virgem - de signo! Mas, mais do que isso, imagino-te um meio-termo fascinante entre mim e o teu pai! Feliz. É só como quero que sejas! Feliz.]


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Palavras que podiam tão bem ser minhas!#2

Não, não é um texto sobre sogras. Embora aparente! É um texto para nós, mães. Para nós, noras. Para nós tomarmos consciência que não podemos deixar que o amor pelos filhos nos tolde os discernimento e o bom-senso.
E, sobretudo, para ti, meu esposo. Tu que achas que os filhos serão teus para sempre. Não serão. Os nossos filhos são do mundo. Precisarão de espaço. E, no fundo, só importa que sejam felizes!


"Os erros mais comuns das sograsO principal: muitas sogras se esquecem de que já foram noras 
Quase todos os erros que as sogras cometem estão relacionados com a intenção de seguir monopolizando o carinho do filho ou mostrar suas competências em áreas como: mãe-educadora, esposa virtuosa, administradora talentosa, cozinheira exemplar, enfermeira, especialista em manchas e muitas outras coisas.
Minha mãe dizia, com muita sabedoria, que a atitude de uma boa sogra era pintar uma linha fina diante da soberania dos novos esposos e que quem casa quer casa. A linha que ela pintou tinha traços fortes e imprevisíveis, que poderiam representar um córrego entre as avenidas.
Ela mesmo apagava essa linha e voltava a pintar com observações nada sutis, sem se importar com os ressentimentos que provocava em sua nora, considerando-os o custo da experiência que ela transmitia. Quando meu pai era testemunha de seus “conselhos pertinentes”, ele olhava para o céu e, como o rabo de olho, olhava para mim e para minha esposa como para decidir se permanecia presente na conversa, ou saía para passear com o cachorro. Normalmente, saía para passear.
Em suas visitas imprevistas, minha esposa demorou para abrir a porta, depois de recorrer ao “olho de sogra”. Depois, minha mãe entrava varrendo tudo o que estava na vista, com uma crítica e uma “discreta” olhada, enquanto colocava um dedo sobre um móvel para ver se havia pó. Imediatamente, sentava-se para ter visão do entorno. Era quando começava a falar, lançando pedras cobertas de veludo.
Terminada a visita, já a sós, eu esperava que minha esposa recuperasse a calma, enquanto dava um cochilo, para dizer-lhe: “minha vida, pense que graças a ela eu existo, e veja o prêmio que você levou”… na verdade, isso nem sempre surtia o efeito desejado.
E o que dizer do dia em que me ocorreu de comparar guisado da minha esposa com o da minha mãe, dizendo que o dela faltava algo… por pouco não dormi na banheira.
Tudo isso já faz alguns anos. Nosso filho mais velho casou-se e nós nos tornamos sogros.
Minha esposa que, obviamente superou tudo, uma vez me disse que uma boa sogra pinta uma linha fina diante da soberania dos novos esposos e que quem casa quer casa. De quem e quando escutei isso antes?
E, vejam vocês como são as coisas. Um dia, fizemos uma visita de surpresa à casa nova de meu filho, algo sugerido por ela, pois voltávamos do supermercado e demos uma passada (vocês sabem…).
E a minha nora demorou para abrir a porta…
Coube a mim, como parente de sangue, identificar e corrigir a minha mãe, com paciência e carinho, quantas vezes foram necessárias. Foi fácil lembrar e fazer uma lista de suas atitudes como sogra, na intenção de ajudar minha esposa a recordar o que ela sentia. Por sorte, ao ler a lista, um sorriso se desenhou no seu rosto.
Aqui vão alguns conselhos:
1- Você já não é guardiã de seu filho(a): No começo do nosso casamento, minha mãe posava de guardiã permanente quando me via, com observações como: já comeu? Sua calça não está bem passada, não está bem penteado, está muito magro, está sem cor…
2 – Não imponha sua experiência de vida: Minha mãe não reconhecia os esforços e iniciativas de sua nora por fazer e aprender. Como o pavão do Natal, que ela se esmerou em preparar para toda a família, ou o bolo de aniversário com uma receita nova, aquele penteado, a combinação ao vestir. Sempre interferia com frases como: ficou gostoso, mas… recomendo que… Depois, desculpava a minha esposa, porque ela não tinha a sua experiência, claro. Continuando, manifestava seu desejo de ajudar, dizendo: Querida, vou te dar uma sugestão… E o que fazia era dar ordens como um militar dirigindo-se aos seus subordinados.
3 – Deixe de proteger seu filho(a): Minha mãe afirmava com orgulho de ter-me feito independente desde que deixei de usar fraldas, como prova de seus grandes dotes de educadora. Mas, quando escutava minha esposa me pedir algo em tom imperativo, levantava sua espada para defender e proteger seu pequeno, ou seja, eu.
4 – Abandone a chantagem emocional: Ela praticava mensagens com segundas intenções, dizendo à sua nora: “Meu Alfredito já me esqueceu, faz dois dias que não vai me ver, eu que fiz a comida que ele tanto gosta.”
5 – Não atormente com seus conselhos, principalmente, reiventando o passado: Ela nos dava conselhos excessivos sobre como levar o casamento, já que ela e meu pai “jamais tinham brigado”. Quando meu pai escutava isso, apertava os punhos e lançava dardos com o olhar.
6 – Deixe que os especialistas façam seus trabalhos: Minha mãe, sem maiores estudos, se ofereceu para substituir o pediatra quando nossos filhos nasceram.
Enfim, a lista se estende um pouco mais, chegando ao final com uma nota feliz, pois, pouco a pouco, minha mãe deixou suas armas pela sincera razão de que aprendeu a gostar da minha esposa como sua filha. Esse carinho a preparou para torná-la uma avó amorosa, solícita e prudente. E minha esposa, estranhamente, também aprendeu a amá-la.
Acredito que minha esposa entendeu a mensagem, pois, ao final da leitura, me disse que sua linha fina será reta e fixa, que iria respeitá-la. Penso que isso a fará crescer muito diante dos olhos da minha nora."
 
[daqui]