quinta-feira, 23 de março de 2017

Pérolas soltas...

Isto tem andado paradinho e assim vai continuar, porque vamo-nos aventurar uns dias por terras de Sua Majestade!
Entretanto, deixo-vos com algumas pérolas que me fui esquecendo de registar 😃

- Com a paranóia do desfralde, já aqui tinha dito que o paizinho se lembrou que giro, giro era pôr o 'potezinho' [como ele carinhosamente lhe chama!] na sala, mas com qualquer coisa lá dentro que imitasse cocó (desculpem, mas não encontro outra forma de o definir), para ilustrar a ideia do que é que a cachopa devia deixar lá dentro. Vai daí, 'obrigou-me' a andar pelas lojas de bugigangas, tipo Ale-hop, Tiger,... e afins a perguntar às empregadas se tinham 'cocó!!! Sim. O que vale era Carnaval e elas achavam que era para complementar um qualquer disfarce. Sim. Apedrejem-me, porque eu ainda vou na treta dele e faço estas figuras ridículas, só porque acredito que o casamento é para o bem e para o mal 👰 E ainda o ouvi a dizer: 'E dizes assim 'cocó'? Eu ia dizer 'trampa'!! Really?

- No nosso quarto temos uma tela enorme com uma foto do nosso casamento. E, quase todos os dias, a peste cá de casa, que parece um disco riscado, aponta e diz: 'papá, mamã'. 'Mamã, papá'. 'E a minhina [menina]?' Diz-lhe a esperteza, muito peremptoriamente: 'Ali, ainda estavas dentro do pai!!!' Ok. Faz sentido.

terça-feira, 21 de março de 2017

Isto está mau...

... o estaminé está ao abandono, porque fui atacada por uma amigdalite que me atirou, literalmente, três dias para a cama. Febre, dores, calores, cabeça a explodir... E só saí de lá hoje. Ainda um bocadinho abananada. Eu, que nunca fico doente e dificilmente vou ao médico. Eu, que senti que estava com um pé na cova! [exageradaaaaa]
Com isto tudo, nem assinalei devidamente o dia do pai. Mas subscrevo tudo o que disse o ano passado.

Estou a recuperar, portanto espera-se um regresso em força!

quarta-feira, 15 de março de 2017

Consultório materno #2

Há dias, li nas redes sociais um texto interessante que circulava, acerca da partilha de tarefas (ou falta dela!) nos casais com filhos.
Dizia o seguinte [daqui]:


"O pai Dale Patridge escreveu um ótimo texto sobre a importância do homem dividir as responsabilidades da casa com a parceira.

O pai Dale Patridge trabalha fora de casa, enquanto sua esposa trabalha dentro de casa, é uma mãe em tempo integral. Dale decidiu escrever um ótimo texto para lembrar os papais na mesma situação que ele, de que ser mãe em tempo integral dá muito trabalho e portanto também CANSA! E que por isso, não faz sentido o pai achar que tem direito a descansar mais, especialmente nos finais de semana, apenas porque ele trabalha fora de casa. Veja o que Dale falou e mostre para seu parceiro (a):
“Minha esposa passa o dia fazendo coisas por mim e pelas crianças. Eu passo o dia fazendo coisas para conseguirmos pagar as contas. Muitos homens acham que esta é uma troca justa, mas eu duvido. Maridos, vocês não têm mais direito de descansar nos finais de semana do que suas esposas só porque elas são mães em tempo integral. Só porque o seu trabalho envolve “trazer o pão pra dentro de casa” isto não te autoriza a fugir das suas responsabilidades na casa, inclusive nos finais de semana. Descansar é um luxo que muitos homens roubam de suas esposas, especialmente nos finais de semana. É importante dividir as responsabilidades com sua esposa e protege-la para que nenhum dos dois fique sobrecarregado. Tudo bem descansar, mas certifique-se de que você não é o único que está fazendo isso”."

Piora, substancialmente, quando a mulher também trabalha fora de casa. É imprescindível a divisão das responsabilidades! Em tudo. Acordar, dar leite, vestir, trocar fraldas, dar banho, fazer sopa, dar a comida, lavar dentes, lembrar os medicamentos que eles têm de tomar, trocar as redes sociais por horas de brincadeiras que cansam, ler quinhentas vezes a mesma história... Não é sempre fácil, não é sempre um mar de rosas, não há sempre vontade, nem paciência. Mas, se for a dois, custa tão menos!

segunda-feira, 13 de março de 2017

In love...

Calma, que isto não se vai transformar num fashion blog! Falta-me categoria!
Só que a Puma está a mexer comigo e, das duas, uma: ou me vai arrebatar a carteira ou o coração!
Querido marido, que achas que há dias em que ando particularmente rabujenta, quero que saibas que qualquer uma destas resolveria isso em segundos 😃 Os meus gostos pendem, especialmente, para as rosinha e as branquinhas, mas o meu coração aguenta qualquer uma delas!

Isto não se faz! Ou eu ando particularmente mais atenta às lojas, ou a coleção deste ano é a minha cara (ele é cores fófinhas, ele é laços e folhinhos, ele é bordados,...) Quando é que começam a lançar coisas pirosas?





sexta-feira, 10 de março de 2017

18 meses de ti (de nós!)...

Foi ontem! Assim, de repente, passou 1 ano e meio. A sensação que tenho é a de que entrei numa qualquer cápsula do tempo e passei à frente muitos meses. Não me lembro já bem como chegamos até aqui. E dizem que a tendência é piorar! Que o tempo continuará a passar sem piedade! 80 cm de gente e 12 kg. É assim que te apresentas ao mundo aos 18 meses. E, nesta altura:

- [vou já despachar esta] continuas a dormir 12h. Deixo-te na cama, com as tuas duas Minnies, dizes-me xau e adormeces sozinha. Só me chamas se, porventura, perderes a pêpê (chupeta) e já depois de teres vasculhado o espaço todo e não a encontrares. Sem grande stress, ris, agradeces e voltas a deitar-te e dormir. Pacífico este campo. 

- O campo alimentar é igualmente pacífico... ou quase! Porque queres sempre 'maix, maix' e temos de te racionar a comida. E proibir as pessoas de te dar mais do que devem. E lidar com os teus ataques de nervos. Mas, por outro lado, ainda bem que não é um drama dar-te o que quer que seja (e falamos de legumes, fruta, peixe, carne,... marcha tudo e bem!) Comes sozinha, pela tua mão, sem te sujar, porque não gostas de desperdícios! Com jeitinho, apanhas cuidadosamente com a colher os restos de comida que te caem da boca e enfias goela abaixo! Não sabes beber pelo copo, parece que te afogas e isso aflige-me!

- Fazes uma expressão que delicia toda a gente. Quando te perguntamos se alguém é fofo, soltas um 'ai' e encolhes-te toda. Este 'ai' é dotado de uma fofura inexplicável, mesmo como quem diz 'ai, que fofinho!'

- Continuas a adorar animais (sobretudo 'au aus', 'minaus' e 'papos' - cães, gatos e patos) - e eu revejo o teu pai nessa paixão!

- Falas imenso. Imitas tudo. Dizes olá e xau com uma entoação enternecedora. Sabes que te chamas 'Lina' e que és uma 'pinxexa'. Algumas das últimas palavras que aprendeste são 'póta' [porta], 'usso' [urso], 'sentái' [sentar], 'boxaxa' [bolacha], ôta [outra], 'uva', 'nana' [banana], 'vídea' [vídeo], 'Mina' [Minnie], ... entre outras. Sabes o nome dos teus colegas todos, distingues-los e não sais da creche sem dar um beijinho às educadoras e auxiliares todas, todos os dias. 

- És meiga e doce, mas não és perfeita (e ainda bem! Não tenho pretensão nenhuma de que sejas e não quero tornar-me numa mãe que acha que os filhos são o 'supra-sumo' da inteligência e da perfeição!). És uma chata. Tens a mania de que queres fazer tudo sozinha, mesmo que não consigas, nem tenhamos tempo. Não queres dar a mão a andar na rua, zango-me contigo e fazes birras enervantes. Que feitiozinho, quando és contrariada! Quando não conheces as pessoas, fazes cara de má e desafiadora e franzes o sobrolho, numa de superioridade. És ciumenta. E, incrivelmente, aos 18 meses ainda não usas o potezinho. Fogo, minha filha, que facada no coração do teu pai. Esse é o teu maior defeito 😁😁😁😂


quinta-feira, 9 de março de 2017

oh, não há novidades!

O pai não foi à consulta.  Mudaram - lhe os planos à última hora!
Entretanto, já no consultório, tocou o meu telemóvel e diz a fofuxa da enf. Patrícia:
'É o pai Telmo, de certeza. Até estou a estranhar ele não estar aqui hoje! Está tudo bem?`  😂😂😂

A consulta correu lindamente. A princesa levou vacinas sem refilar. Pensei que isso nem fosse possível.  Olhou corajosa, a ver a agulha a entrar e sair e, no fim, ainda disse 'já tá`! Tagarelou,  deixou que fizessem dela gato-sapato enquanto se portava de forma exemplar!  E arrumou os brinquedos todos que os meninos desarrumaram lá nos gabinetes.
Antes de vir embora, uma frase da enfermeira que resume a minha vida: "vocês têm mesmo a filha que pediram a Deus!"
[Tenho mais. Muito mais do que alguma vez pedi...]

quarta-feira, 8 de março de 2017

Dia da Mulher

Estes dias com data marcada acarretam sempre uma dualidade.
Por um lado, o dia da mulher, do homem, do cão, do periquito... deveria ser todos os dias. Mas, por outro lado, é importante que hajam motivos para se reforçar a necessidade da igualdade de oportunidades e de direitos, ainda tão primitiva na nossa sociedade.

Sou mulher, amiga, esposa, mãe de uma menina, que se tornará mulher. Portanto, para hoje, só um recado para ela:

'Meu amor, que te faças valer, todos os dias, do direito a ser Mulher [assim, com M grande] e que nunca tenhas medo de seres aquilo que queres ser. Assim, sem medo de julgamentos!'


segunda-feira, 6 de março de 2017

Consultório materno #1

Apesar de este blog se pautar, maioritariamente, por algum sentido de humor, gosto de o aproveitar para falar, também, de coisas sérias. E esta rubrica servirá para isso mesmo. À medida que vou acompanhando grupos e fóruns de grávidas e mães, vou percebendo que há assuntos, dúvidas, inquietações,... comuns à maioria das mortais! Portanto, conto convosco para transformarmos estas rubricas em momentos de partilha! Lerão aqui o resultado de uma 'mini-investigação web' (eu armada em investigadora!), onde encontro problemas e tentativas de solução. Mas sem a pretensão de que seja rigoroso, científico e a fórmula perfeita de lidar com as questões!
Hoje falamos sobre o potencial conflito (concorrência até) entre mães/sogras e filhas/noras, após o nascimento de uma criança. E o dualismo psicológico que isso acarreta. Porque todos sabemos a importância e necessidade de um convívio saudável entre avós e netos, mas balançamos na hora de analisar se se extravasam limites. E na análise que vou fazendo, percebo (não sendo psicóloga - gostava!, é apenas a minha opinião pessoal) que há comportamentos que podem ser obsessivos, egoístas e transformarem-se em disputas pessoais (materializadas em comentários e ataques que, normalmente, são feitos a sós) que podem, muitas vezes, interferir na vida do casal (porque as questões familiares são difíceis de administrar e o silêncio - sendo a melhor arma - só resolve a curto prazo). Alguns exemplos:

- Nítido sentimento de posse sobre a criança, não permitindo que mais ninguém possa pegar-lhe ou brincar com ela. Necessidade de estar permanentemente com a criança ao colo, mesmo em circunstâncias que possam pôr em causa a segurança do bebé e ignorando que existem outras pessoas que também querem lidar com ele. Muitas vezes, chegam até a ausentar-se dos locais, para fugir dos pais, dos outros e ficarem a sós. Fingir que não ouve a criança a pedir para ir ao colo da mãe ou do pai, tentando encontrar formas de a distrair e prendê-la à força.

- Desautorizar permanentemente. Fazer as vontades todas à criança, mesmo contra as orientações dos pais. Manipular e 'comprar' a criança, oferecendo-lhe tudo o que ela quer. A maior parte das vezes fazem isso às escondidas, para ganhar o amor incondicional do bebé e não serem repreendidas.

- Dizer, constantemente, que a criança só gosta da avó e de mais ninguém. E que 'a mãe é má'. E repetir, com orgulho, que o bebé quer é viver com ela, porque a avó ama mais que todos os outros seres à face da terra. Incluindo a mãe. Necessidade mórbida de mostrar que é melhor que toda a gente.

- Criticar constantemente. [A maior parte das vezes, também às escondidas, para não serem advertidas] Ora é porque a criança está cheia de fome, ou dorme demais, ou a roupa não é adequada, ou porque 'coitadinha' faz birra porque tem sono, ou somos demasiado imaturas para resolver problemas na creche e o melhor é mesmo ir lá a avó, ou, na melhor das hipóteses, a criança está bem é a viver em casa dela.

- Ensinar a criança a chamar 'mãe' à 'avó'. Uma coisa é uma coisa. Outra coisa, é outra coisa.

- Tentar que a criança diga que gosta mais de uns avós do que dos outros. 

- Chantagem emocional. Amuar porque não viu a criança durante 3 dias. Amuar porque a criança foi ao Jardim Zoológico sem ela. Amuar porque a criança foi de férias sem ela. Amuar porque não passa todos os Natais e Páscoas e Carnavais lá em casa, porque tem de dividir a atenção com outra família. Amuar porque a criança está doente e quer a mãe e lhe sai uma graçola do género 'ainda hás-de chorar para vires à avó!' Normalmente, estes amuos vêm de alguém que também gostou de ter os filhos só para ela até aos 60 anos, que chorou quando os filhos casaram aos 40, porque não era suposto ninguém roubá-los e que gostou de assistir a todas as aprendizagens deles sem intromissão.

Podem, também, surgir conflitos pelo motivo oposto: falta de atenção e de amor aos netos. Mas são menos frequentes, porque esta ausência de convívio evita o conflito!

De acordo com a opinião de alguns psicólogos, estas questões agravam-se quando se passa para conflitos pessoais e, numa tentativa de as avós imporem o seu espaço, começam a inferiorizar as filhas/noras. Estas questões são mais comuns entre as noras e mães só de rapazes, porque estas sentem que foram 'trocadas' por uma mulher 'estranha' que lhes 'roubou' o filho e ocupou um lugar que sempre lhes pertenceu. E, de repente, as noras deixam de ser apenas a mulher do filho. E passam a ser mães. Um papel que antes era só dela. E (sexismos à parte) administrar relações entre mulheres não é fácil!

Há, em alguns casos, uma vontade dos avós serem pais novamente, com o intuito de terem novas chances de educar de outra forma. Ou para evitar que os filhos criem os netos de uma forma diferente daquela que eles consideram correta. Ou, ainda, para se voltarem a sentir joviais. Precisam é de perceber, também, que já tiveram a sua oportunidade de ser pais e que não podem condicionar os filhos de exercer esse papel!

quinta-feira, 2 de março de 2017

Para a semana há consulta...

Consulta dos 18 meses da cria.
O pai escalado para trabalhar em horário incompatível com a consulta.
Tudo ok. Sossego. Vamos as duas!
Íamos! Já procedeu à troca de horário, faz questão de estar presente!
É caso para começar já a hiperventilar ou... chego lá e invento toda uma rocambolesca história de que, afinal, não o conheço de lado nenhum, não é o pai da criança e que é apenas uma daquelas pessoas desconhecidas que abancam à porta do Centro de Saúde para mandar bitaites sobre as crianças alheias?

Já o estou a imaginar:
- Oh doutora, já comprei o potezinho, quando é que podemos tentar o desfralde?[ignorando o facto de que a criança faz (só) 18 meses nesse dia];
- E já era altura de deixar o biberão, não era? [esquecendo-se do pormenor de que a cria não sabe, ainda, beber pelo copo. Parece que se afoga!]
- Agora tenho dúvidas muito importantes. Daqui a uns dias vamos uma semana a Inglaterra. Acha bem ou cancelamos o voo? E será que o barulho do avião lhe pode causar algum dano nos tímpanos? E circular uma semana pela esquerda é coisa para lhe provocar algum problema acrescido de orientação? E o tempo? Lá é muito frio. Será que corre o risco de apanhar pneumonia?

Já sei que pareço a Maya, a tentar adivinhar o futuro, mas tenho para mim que os meus prognósticos serão bem mais acertados que os dela! 
Cá estarei para vos dar um feedback!