quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

De volta à saga da 'sobredotada'

Ontem houve reunião na creche. E isso é sinónimo de... pérolas paternais, claro está!

Em primeiro lugar, um aparte, egocêntrico e vaidoso: a educadora diz que a Carolina é uma 'menina exemplar'! C'orgulho 😍
[é aproveitar que, como isto tem tendência a inverter, antevejo uma adolescência assustadora!!!]

Depois enumera as diferentes competências que ela deve ter adquirido a esta altura do campeonato. Uma delas: "Identifica alguns animais domésticos e selvagens." (o que significa que deve identificar pelo menos alguns, não invalidando que os identifique todos).

Paizinho, muito prontamente (acho que nem deixou a educadora acabar a frase): "Diz aí alguns?!?! Na frase diz alguns?!? Ela identifica-os TODOS!"

Tive vontade de fugir. Fingi-me de morta. É o melhor!

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Carolina e o seu irmão imaginário...

A minha rica filha, desde há meio ano, sensivelmente, diz que tem um irmão. Que se chama Rodrigo. E fala imenso sobre ele. Diz que lhe vai dar a xuxa. Que vai vê-lo mamar. Que a mãe tem na barriga um irmão muito fofinho para brincar com ela. E conta alegremente a boa-nova a toda a gente. Com convicção.
#sóquenão
Na verdade, essa figura não existe. Eu nem sequer estou grávida!

Estes dias, chega o pai à creche para a ir buscar. No dia antes, uma das auxíliares já tinha mandado uma 'boquinha' qualquer. Nesse dia, outra auxíliar foi mais específica: 'Tenho de lhe dar os parabéns pai.' Ele diz que fez o ar mais confuso do mundo: 'Parabéns?!? Porquê?!?'
- 'Pelo maninho que aí vem!'
- Mas... mas... não há criança nenhuma. Nem a caminho...

Pelo sim, pelo não, vou lá de barriga encolhida. O tamanho da minha pança pode induzi-las em dúvida e obrigar-me a admitir: 'Isto é só comida!' 

Imaginação fértil. Ai, que vergonha alheia! 😂😅

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Como desarmar uma mãe...

Estes dias estava particularmente triste. E eu sou uma pessoinha transparente. Demasiado. Tanto que acho que não consegui disfarçar, embora eu achasse que sim. De repente, vejo uma criaturinha, de 2 anos, a olhar-me nos olhos e a lançar a deixa:
'Tás tiste? Que tens?'
Engoli em seco. Tentei disfarçar a lágrima que me ia caindo sem autorização. 
'Nada filha, não estou triste!'
'Num tás? Num tás bem. Xó tens xono?'

A lágrima caiu. Inevitavelmente. Por me surpreender com a sensibilidade de uma criança de 2 anos. Que perspicácia. Que atenção. Que cuidado. Que ternura. Que alegria - e que egoísmo - por saber que nunca mais me faltará alguém que esteja, empaticamente, sintonizada comigo! 
💝💝💝 Meu amor...