segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Olá Rodrigo! Feliz Natal!


Imagem retirada do google

Depois de uma ausência, pelos melhores motivos, regresso ao blog na condição de mãe de dois! O Rodriguinho nasceu a 12/12, às 16:30 (já a irmã tinha nascido a 09/09 - portanto há toda uma qualquer tendência dos meus filhos por capicuas!)

Hoje é noite de Natal. E, este ano, ele é o nosso melhor presente!

Quando, às 32 semanas, lhe foi diagnosticada uma malformação cerebral rara, imaginámos tudo, menos esta perfeição. Embora, aos nossos olhos, ele fosse sempre perfeito! No meio de tudo, a vida tem sido generosa. 

Hoje é noite de Natal. E ninguém precisa de se esforçar muito com os presentes. Já temos o nosso.

Hoje é noite de Natal. E se me fosse concedido um desejo, a única coisa que pediria era que nunca fosse permitido a uma criança sofrer! Depois dos murros no estômago que se levam nas salas da neonatologia, esse era o único presente que eu queria muito receber. Não sendo possível, desejo a todos que vivam a vida ao máximo enquanto nos for dada essa oportunidade, porque, afinal, nós não somos nada!

Hoje é noite de Natal. Sejam felizes. Mas não só hoje. Todas as noites. E todos os dias!

Boas Festas!


terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Até amanhã, filho!

Amanhã nascerá o nosso filho. Não sabemos em que condições. Mas temos esta certeza de que amanhã ouviremos o seu choro. E não imaginam o conforto que isso me dá. 
Porque, quando fiz a ecografia morfológica do 3º trimestre, numa fração de segundos, cheguei a achar que ele estava morto. E essa era a única certeza dolorosamente irreversível. Que respeito, ainda maior, ganhei pelas mães que perdem os seus filhos durante a gestação! 
Amanhã vamos ter um bebé que será um verdadeiro kinder surpresa! Mas vamos tê-lo! E não há nada melhor do que isso! 

[Nem de propósito, acabei de ouvir uma frase de uma entrevista da Maria Cavaco Silva, a dizer algo do género: 'todos os nossos meninos são de ouro. Mas este é o nosso menino de ouro e diamantes, porque o verdadeiro amor é fruto de uma luta em que nunca se atira a toalha ao chão!']

Até amanhã, filho!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Pérolas soltas #8

Vamos falar de corrimento. Lamento. Os mais sensíveis nem precisam de continuar a ler! 😂
(Mas prometo não ilustrar com imagens, como nos famosos grupos de mães do facebook!)

A minha filhinha (como todos, presumo!) adora importunar-me quando estou na casa-de-banho. E o passatempo preferido dela nesse local é inspeccionar a minha roupa interior, para ver se tenho corrimento, próprio da gravidez, e pergunta-me: 'queres um penso?'

Estes dias, lá estava ela, na pele de obstetra e eu resmungo:
'O que é que estás a fazer pah? Deixa-me descansadinha e vai mas é continuar a brincar!'
Resposta pronta:
'Estou só a ver se o mano já fez o servicinho do costume!'

👀🙈🙈🙈

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Às mães (im)perfeitas!

Ao fim de 9 meses, permiti-me quebrar e sucumbi às hormonas e ao aproximar da data do parto! E chorei!

Chorei quando a minha filha se abraçou a mim, a semana passada, a choramingar e, entre beijos amorosos e abraços apertadinhos me disse: 'vou ter tantas xaudades tuas quando fores para o hospital!'

Chorei quando percebi que não aproveitei devidamente esta gravidez, por achar que se iria repetir e agora, que está a chegar ao fim, consciencializar-me de que talvez seja a última, por não nos imaginarmos com coragem de voltar a ter outro/a filho/a.

Chorei quando me lembrei que não sabemos em que condições o nosso filho nascerá e que, daqui a uma semana, não o poderei proteger mais do mundo, dentro de mim.

Chorei quando pensei que está toda a gente tão focada nesta criança, que se vão esquecer que, a par com ele, está uma mãe que também precisa de amparo. Não sei ser hipócrita. Os meus filhos são a minha prioridade, mas eu serei sempre tão importante quanto eles. Se eu não estiver bem, nunca poderei ser a melhor mãe possível!

Na realidade, chorei eu e choramos todas - um dia. Porque as mães perfeitas só existem nas histórias de encantar, não na vida real! Choramos e não somos, por isso, mais fracas, nem menos capazes. Mais do que isso, acredito que assumir fragilidades é o maior sinal de força! Porque, no dia seguinte, enxugamos as lágrimas e pomos o nosso melhor sorriso! A maternidade é mesmo assim: (im)perfeita e esquizofrénica. E só faz sentido dessa forma!