(Texto escrito a 13/11/2018)
Depois do diagnóstico incerto surgido na última ecografia, tinha uma ressonância magnética fetal agendada para uma semana depois. 7 dias de ansiedade e, chegados ao hospital, o que é que sucede? Deparamo-nos com a greve dos técnicos de diagnóstico. Mais 7 dias de apneia. Como se pede a um pai e a uma mãe para aguentar isto?
Duas semanas e meia depois, nova consulta para analisar o resultado da ressonância que, à partida corroboraria a teoria da existência de uma lesão cística cerebral!
Mas... afinal, havia uma reviravolta inesperada. Entrámos no consultório e a cara de incerteza da médica era assustadoramente desesperante. E, juntamente com uma enfermeira da neonatologia, avançam:
'Temos muita coisa para vos dizer, mas nenhuma certeza, infelizmente! Estamos perante uma situação muito rara e tivemos de enviar o caso para Toronto - Canadá, para uma equipa médica de lá analisar. Após avaliação da ressonância, o neurologista acha - e continuamos no campo das especulações - que se trata de uma malformação venosa trombosada (algo similar a um aneurisma cerebral). Mas, nesta fase, é impossível o estabelecimento de qualquer prognóstico.'
E o chão volta a abrir-se diante de nós.
São agendadas ecografias e consultas semanais. Nova ressonância magnética, para uma avaliação mais próxima do parto. É decidido que terá, obrigatoriamente, que ser feita uma cesariana. E é destacada uma equipa médica especializada para estar presente no dia da cirurgia.
Neste momento, entoa na nossa cabeça a frase: 'Desculpem, mas nós não temos respostas!'
Não faz mal. Porque eu tenho uma certeza: Este menino vai ser um lutador! Forte e determinado. Ainda não nasceu e eu já lhe sinto essa garra! Interage comigo em cada pontapé que me dá, com a força suficiente de quem mostra que não há nada que o limite!
Tenho tanto orgulho em ti, meu amor!
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