sábado, 29 de julho de 2017

Responsabilidades trocadas...

Se, por um lado, as novas tecnologias fazem parte da evolução da sociedade, simplificam muita coisa, encurtam distâncias, bla, bla... Por outro, tornam-nos reféns, alienam-nos, transformam-nos em seres mais automatos e menos emocionais.
Ontem tive a prova disso. De manhã, enquanto esperávamos o pai, ela brincava e eu fazia um zapping matinal pelas redes sociais. A dada altura, ela um bocadinho aflita com o puzzle que não conseguia montar, solta um grito:
'AJUDA! LARGA O TEMÓBEL' 
[assim, sem tirar nem pôr. Esta foi a frase, que até me deixou abananada.]

Boa filha! Não te sensuro, sequer, a falta de paciência, nem o berro. Foi bem dado! E só tenho pena que tenha sido necessário. Que merda de mãe (que não quero ser), que desaproveitou aqueles 5m em prol de likes, amizades virtuais e corações que não batem! Desculpa, meu amor!

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Conversas (im)prováveis!

Diz-me a auxiliar:

- Já sabe a história do careca?
- Não (disse-lhe eu!)

- Então, a sua filha todos os dias passa a mão na cabeça do Manel e diz-lhe: 'Tás careca!' E ele encolhe os ombros, faz um ar de desdém e responde-lhe: 'oh, e tu tás tola!' E é isto todos os dias!

Pois, já vi histórias de amor a começar por menos implicância! 😃😍

quarta-feira, 26 de julho de 2017

O Mundo da Carolina #2

No fim-de-semana, enquanto a sardanisca dormia a sesta, rapei o cabelo ao pai. Entretanto, ela acorda e ele vai buscá-la. 
Ela olha-o, atentamente, franze o sobrolho, passa-lhe a mão na cabeça e diz, muito prontamente, com o ar mais sério do mundo: 'Tás careca!'

😁😂😆

terça-feira, 25 de julho de 2017

O Mundo da Carolina #1

Rubrica nova. Começam a surgir as pérolas a la Carolina e eu tenho mesmo de as eternizar para ela se rir daqui a uns aninhos.

Estava a ver a Masha e o Urso (ela, não eu! Ou melhor, eu por arrasto!) - um dos seus desenhos animados favoritos - e o episódio retratava uma falha elétrica e o urso teve de ir acender uma vela para conseguirem ver. Reação da minorca cá de casa:
'Parabéns a você, nesta data querida...'

[Portanto, velas é sinónimo de aniversários e nada mais, sim?] 😅

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Socorro, ela é mais ciumenta do que eu!!!

Estou tramada! Pensava eu que era a pessoa mais ciumenta que conhecia. Não. Afinal, a minha filha herdou uma das minhas maiores fragilidades!
Não pode ver os pais aos beijinhos. Olha, com cara de cachorrinha mal morta, do alto dos seus 90 cm e diz com a voz mais ternurenta do mundo: bexinho 😘💖 [sorriso de orelha a orelha quando lhe damos um beijinho a ela também!]
Se nos vê a dar um abraço: ronca, franze o sobrolho, olha de canto, faz novamente carinha de anjo e pede um abaxo. 💝

E é isto. Todo o santo dia. Não podemos ter manifestações de carinho à frente da miss, que ela rosna logo e exige o mesmo!

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Da doçura... E do seu poder apaziguador!

A pimpolha adormece sozinha. Há mais de um ano. Deito-a na caminha, fica a brincar com o Panda e a Minnie, fala sozinha, canta... e acaba por adormecer.
Ultimamente, passado uns minutos de a deitar, chama por mim ou pelo pai. Mas nunca quer nada! Ri-se e volta a ficar quietinha.
Ontem chamou-me. Várias vezes (se eu estiver ocupada costumo ignorar! Às vezes ela insiste, outras desiste!). E, ontem, foi insistente. Acabei por lá ir e encontro o sorriso habitual. Disse-lhe, entre cócegas: 'Tu não queres nada, minha malandra. Estás só a brincar com a mãe!' Ela sorriu novamente e desarmou-me com um 'Quélo um béxinho!' Depois do beijo, ficou a adormecer serenamente.
[wow. Que afortunado o meu coração!]

Esta miúda é um docinho - como a mãe, dizem (não me vou pôr com falsas módéstias, estou a reproduzir o que ouço!). Mas não. Ela é muito mais do que eu. E muito mais do sonhei. Ela é ternura, espontaneidade, verdade, doçura. Ela é vida. A minha vida. E tem um poder apaziguador inexplicável na minha (dolorosa) ansiedade.



quinta-feira, 13 de julho de 2017

Palavras que podiam tão bem ser minhas! #5

Roubado daqui - Adoro este Daddy blog [já aqui o disse!] pela verdade, noção, realismo, franqueza, simplicidade que imprime a este mundo da maternidade! E, sim, ninguém está livre de cometer este erro: de se esquecer que o casamento é o nosso primeiro filho! E que, se não for bem cuidado, um dia os filhos vão e ficará um vazio...
'Partilhar o nosso amor com um filho, é a melhor coisa do mundo. Ponto.
Todos aqueles clichés que ouvimos por toda a parte, rapidamente passam a verdades absolutas assim que saltamos para "o outro lado”. Nada faz mais sentido do que ser pai! Nada é mais gratificante do que ver a evolução daquele pequeno ser, ainda que nas coisas mais simples da vida. Enche o peito de orgulho vê-los a alcançar as mais pequenas coisas e sentir que foi graças a nós que o conseguiram… Nada é melhor que isto, nada!
O problema é que viver maravilhado com todas estas vitórias, faz-nos esquecer como tudo começou… Faz-nos esquecer aquilo que tornou tudo isto possível… Faz-nos esquecer quem connosco deu este grande passo...
É muito fácil entregarmo-nos de corpo e alma a estes rebentos. O mais difícil é fazê-lo enquanto cuidamos de quem também os deseja ver florescer.
Cuidar, mimar, amar as nossas caras-metade, são o primeiro passo para a felicidade dos nossos filhos. A felicidade no casal, transforma qualquer criança, numa criança feliz, acarinhada e protegida. Não tenham dúvidas: eles são, aquilo que nos veem ser.
Ser pai/mãe, não é tarefa simples… Noites mal dormidas, infindáveis tarefas, muito barulho e pouco sossego… Amizades em stand-by, saídas reduzidas, rotinas ofegantes e inúmeras correrias… Não é fácil manter o sorriso, principalmente quando não estamos com eles. A relação mãe/pai entra numa espiral de esquecimento e quando damos conta, somos completos estranhos, unidos pelas responsabilidades e afastados pelas circunstâncias. Não há culpados aqui… Não há dedos a apontar. Há sim toda uma mudança, aquilo que muda mais, somos mesmo nós.
Não são portanto, de surpreender, os números que se veem e os relatos que se ouvem… O mundo é bem diferente daquele que os agora avós viveram. Hoje, a pressão é imensa, as exigências impossíveis de satisfazer, o ritmo aceleradíssimo e os apoios escassos... Quem paga isto tudo? Somos nós… os casais, que por força das circunstâncias, nos vemos obrigados a direcionar a nossa atenção para os filhos ou para os companheiros… nunca para ambos!
Se hoje, prestar todos os cuidados e mais alguns às crianças que trazemos a este mundo é um assunto mais do que debatido, preservar o que de mais essencial para a vida deles existe, parece ter sido definitivamente relegado para segundo plano.
Vivemos obcecados com a alimentação, cuidados de higiene, atividades didáticas, acessos à tecnologia, e afins… Escrevem-se manuais de como cuidar, educar, estimular e tudo mais acabado em “ar”… Julgamos, castigamos e até amaldiçoamos quem se atrever a falhar… E no fundo, o que fazemos é continuar a carregar os ombros destes novos pais, que já muito sacrificam simplesmente para o poderem ser.
Que não restem dúvidas: Há poucos nascimentos em Portugal? Pois há… Porque poucos são aqueles que se atrevem a arriscar a pele a fazer algo tão natural como ter filhos...
Por isso, desliguem o “complicómetro” e lembrem-se: 
É fácil perdermos horas a olhar para os nossos rebentos, aliás, é a melhor coisa dos nossos dias, mas sempre que tiverem de olhos postos neles, olhem para o lado e vejam quem vos acompanha.' 💖💗

segunda-feira, 10 de julho de 2017

22 meses de ti (de nós!)...

E, de repente, estamos quase nos 2 anos! E gosto tanto de te ver crescer assim... apoiando-te em nós quando precisas, mas sendo, cada vez mais, TU! Senhora do teu nariz, com ideias próprias, independente, desenrascada, individualista. 'É a ménina' [sim, tu carregas no 'e'!].

- Estás na fase do 'o que é?', 'o que foi?', 'quem é?'. E és insistente nas perguntas, pareces um disco riscado. Contas a vida a toda a gente. Vais para a creche dizer que em casa da vó jogas à bola com o Tomás. Dizes que na casa da ôta vó comeste arroz com fango. Contas ao vizinho que o papá tá a nanar! Percebi, portanto, que a partir de agora não há segredos. Ou, então, o melhor é contá-los longe de ti!

- Tens uma fixação por escorregas. 'É fixe!' [só não sabes fazer o gesto do 'fixe' com o dedo polegar. Abres o polegar e o indicador num ângulo reto e achas que assim é que é!

- Medos. Tens medo de tudo, o que enerva um bocadinho. Na praia, 'água nhão, só areia'! Nas festas, 'Caiinhos nhão, que a ménina tem médo' (então se for carrinhos de choque, fujam, que a miúda berra nuns décibeis insuportáveis!). 'Balão nhão, que foge e faz pum'! Adoras animais e dizes que são muito fofos, queres sempre ir vê-los, mas ao longe. Quando se aproximam, depois de um gritinho histérico, tens médo!

- Odeio quando começas com aquele choro de mimo, só para ver se consegues o que queres. Esforças-te, mas não consegues ser convincente!

- Adoras livros e orgulhar-me-ei imenso se te conseguir passar esse bichinho da leitura!

- Continuas a comer de uma forma, assustadoramente, compulsiva! Temos mesmo de te mandar parar. Estranhamente, mas ainda bem, não há nada de que não gostes. Se é de comer, marcha tudo! 

- Dás os melhores abraços e beijinhos do mundo. Dizes 'amo-te munto' com uma ternura inigualável. Tens um sorriso tão encantador, quanto malandro. Dizem-nos muitas vezes que se nota que és uma criança feliz. Acredito que percebas que és fruto de um grande amor!
[Amo-te(vos) muito] 💝

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Há fases e fases...

... no desenvolvimento de um filho. E dou por mim a dizer sempre: 'Oh pah, que esta fase é que é espetacular. Que engraçada. Parava o tempo e ficava aqui'. Depois, ela cresce mais um bocadinho e eu repito a lengalenga! Portanto, cheguei à conclusão que vou sempre achar que cada altura é particularmente especial. 
E, agora, entrou na fase em que se sai com cada uma, que nos deixa completamente embasbacados, ao mesmo tempo que nos partimos a rir e pensámos que ela está mesmo a crescer!

- Pai, beijo nhão. A baba pica! (Tradução: Pai, não te dou beijo, porque a tua barba pica.)
- [Depois da minha mãe perguntar se este fim-de-semana iamos lá à festa de S. Bento]: Féta nhão. A ménina tem medo caiinhos! (Tradução: Não vou à festa, porque a menina tem medo dos carrinhos!)
- [Na creche, ainda tem a decoração de S. João e ela gosta de tocar nas fitas que estão penduradas. O problema é que o pai é suficientemente alto para lá chegar e eu não. Ontem não consegui pegar nela de forma a alcançar as fitas]: Vamos a caxa bucar a vaxôra! (Tradução: Vamos a casa buscar a vassoura - que assim já consigo chegar às fitas!)
- [À pergunta 'o que vais comer']: Xôpa e maxa com xalxixas. (Tradução: Sopa e massa com salsichas. Por ela, era isto todos os dias e estava o problema resolvido. Não dava grande trabalho, nem despesa!)
- [Ontem, depois de chegar da creche, senta-se no chão da sala e tira os sapatos]: Ui, que xeiro. Lavar já os pés! (Cheirava mesmo a chulé, mas ninguém lhe disse!)

Juro que às vezes não sei onde é que as criaturinhas de palmo e meio vão buscar certas coisas, mas estou in love. 💝💓💖

domingo, 2 de julho de 2017

Pérola matinal

Princesa chega à nossa cama, puxa o lençol que cobria o pai e diz-lhe:

- Acóda, xai, anha. 
Revira os olhos:
- Xó xabes nanar!

[oh meu amor, habitua-te ao facto de esta ser uma característica extensível a grande parte das pessoas do sexo masculino! Perdoem-me as injustiças, mas não há regra sem excepção!]

😂