quinta-feira, 13 de julho de 2017

Palavras que podiam tão bem ser minhas! #5

Roubado daqui - Adoro este Daddy blog [já aqui o disse!] pela verdade, noção, realismo, franqueza, simplicidade que imprime a este mundo da maternidade! E, sim, ninguém está livre de cometer este erro: de se esquecer que o casamento é o nosso primeiro filho! E que, se não for bem cuidado, um dia os filhos vão e ficará um vazio...
'Partilhar o nosso amor com um filho, é a melhor coisa do mundo. Ponto.
Todos aqueles clichés que ouvimos por toda a parte, rapidamente passam a verdades absolutas assim que saltamos para "o outro lado”. Nada faz mais sentido do que ser pai! Nada é mais gratificante do que ver a evolução daquele pequeno ser, ainda que nas coisas mais simples da vida. Enche o peito de orgulho vê-los a alcançar as mais pequenas coisas e sentir que foi graças a nós que o conseguiram… Nada é melhor que isto, nada!
O problema é que viver maravilhado com todas estas vitórias, faz-nos esquecer como tudo começou… Faz-nos esquecer aquilo que tornou tudo isto possível… Faz-nos esquecer quem connosco deu este grande passo...
É muito fácil entregarmo-nos de corpo e alma a estes rebentos. O mais difícil é fazê-lo enquanto cuidamos de quem também os deseja ver florescer.
Cuidar, mimar, amar as nossas caras-metade, são o primeiro passo para a felicidade dos nossos filhos. A felicidade no casal, transforma qualquer criança, numa criança feliz, acarinhada e protegida. Não tenham dúvidas: eles são, aquilo que nos veem ser.
Ser pai/mãe, não é tarefa simples… Noites mal dormidas, infindáveis tarefas, muito barulho e pouco sossego… Amizades em stand-by, saídas reduzidas, rotinas ofegantes e inúmeras correrias… Não é fácil manter o sorriso, principalmente quando não estamos com eles. A relação mãe/pai entra numa espiral de esquecimento e quando damos conta, somos completos estranhos, unidos pelas responsabilidades e afastados pelas circunstâncias. Não há culpados aqui… Não há dedos a apontar. Há sim toda uma mudança, aquilo que muda mais, somos mesmo nós.
Não são portanto, de surpreender, os números que se veem e os relatos que se ouvem… O mundo é bem diferente daquele que os agora avós viveram. Hoje, a pressão é imensa, as exigências impossíveis de satisfazer, o ritmo aceleradíssimo e os apoios escassos... Quem paga isto tudo? Somos nós… os casais, que por força das circunstâncias, nos vemos obrigados a direcionar a nossa atenção para os filhos ou para os companheiros… nunca para ambos!
Se hoje, prestar todos os cuidados e mais alguns às crianças que trazemos a este mundo é um assunto mais do que debatido, preservar o que de mais essencial para a vida deles existe, parece ter sido definitivamente relegado para segundo plano.
Vivemos obcecados com a alimentação, cuidados de higiene, atividades didáticas, acessos à tecnologia, e afins… Escrevem-se manuais de como cuidar, educar, estimular e tudo mais acabado em “ar”… Julgamos, castigamos e até amaldiçoamos quem se atrever a falhar… E no fundo, o que fazemos é continuar a carregar os ombros destes novos pais, que já muito sacrificam simplesmente para o poderem ser.
Que não restem dúvidas: Há poucos nascimentos em Portugal? Pois há… Porque poucos são aqueles que se atrevem a arriscar a pele a fazer algo tão natural como ter filhos...
Por isso, desliguem o “complicómetro” e lembrem-se: 
É fácil perdermos horas a olhar para os nossos rebentos, aliás, é a melhor coisa dos nossos dias, mas sempre que tiverem de olhos postos neles, olhem para o lado e vejam quem vos acompanha.' 💖💗

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