terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Às mães (im)perfeitas!

Ao fim de 9 meses, permiti-me quebrar e sucumbi às hormonas e ao aproximar da data do parto! E chorei!

Chorei quando a minha filha se abraçou a mim, a semana passada, a choramingar e, entre beijos amorosos e abraços apertadinhos me disse: 'vou ter tantas xaudades tuas quando fores para o hospital!'

Chorei quando percebi que não aproveitei devidamente esta gravidez, por achar que se iria repetir e agora, que está a chegar ao fim, consciencializar-me de que talvez seja a última, por não nos imaginarmos com coragem de voltar a ter outro/a filho/a.

Chorei quando me lembrei que não sabemos em que condições o nosso filho nascerá e que, daqui a uma semana, não o poderei proteger mais do mundo, dentro de mim.

Chorei quando pensei que está toda a gente tão focada nesta criança, que se vão esquecer que, a par com ele, está uma mãe que também precisa de amparo. Não sei ser hipócrita. Os meus filhos são a minha prioridade, mas eu serei sempre tão importante quanto eles. Se eu não estiver bem, nunca poderei ser a melhor mãe possível!

Na realidade, chorei eu e choramos todas - um dia. Porque as mães perfeitas só existem nas histórias de encantar, não na vida real! Choramos e não somos, por isso, mais fracas, nem menos capazes. Mais do que isso, acredito que assumir fragilidades é o maior sinal de força! Porque, no dia seguinte, enxugamos as lágrimas e pomos o nosso melhor sorriso! A maternidade é mesmo assim: (im)perfeita e esquizofrénica. E só faz sentido dessa forma! 

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