quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Desejos natalícios

Blog que se preze tem, nesta altura do ano, uma lista de sugestões/desejos natalícios. Mesmo que não tenha nada a ver com maternidade! Até porque eu existo e sou pessoa que gosta de receber presentes! 😁😋

Vai daí, 3 coisinhas que podiam vir morar cá para casa (por ordem de preferência!!!):
(Oubiste Pai Natal?)







segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Carolina, a ter premonições desde... 2017

'Mãe, tenho 'michão' [comichão] debaixo do pé!'
[inspeciono e desvalorizo]: 'É só uma borbulha. Calça as sapatilhas que isso já passa quando começares a andar.'
[Visivelmente enervada]: 'NUM PAXA NADA! VOU TÊLE FEBRE!'
😓 😷

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

O Mundo do pai da Carolina #3

Ultimamente, dou por mim a berrar demasiado, a julgar demasiado, a criticar demasiado, a castigar demasiado, apressada em demasia... e pus a mão na consciência! [Há fases em que questionamos se a temos - a consciência!]
Desta feita, resolvi apostar nas leituras e testemunhos sobre a parentalidade positiva, seja lá isso o que for. O certo é que quero tornar-me uma mãe mais relaxada, mais atenta, menos nervosa, com mais tempo de qualidade para a minha filha. E precisava de estimulos, de dicas, de exemplos. Tem-me sido útil essa aprendizagem - acredite-se ou não nesta 'história' da parentalidade positiva. O certo é que tem resultado - pelo menos enquanto houver paciência!
Ora bem, e o que é que isto tem a ver com o pai da criança? Pois que, se eu ando mais nervosa e irritadiça do que o normal, ele anda I-N-S-U-P-O-R-T-Á-V-E-L [podem começar com as piadinhas de que isso é falta de sexo, que eu acho que é só fruto de variadíssimas circunstâncias que não vêm ao caso e, pior do que isso, a irritabilidade pega-se, tipo epidemia!]
No meio disto tudo, a única pessoa que sofre é a pipoquinha mais nova que não tem culpa nenhuma dos efeitos colaterais da sociedade louca em que vivemos e que não pediu para vir a este mundo. O que é que eu faço, então, para tentar minimizar os danos? Tendo em conta que o que tenho lido me tem feito muito bem, mando um link (este, mais propriamente: http://mumstheboss.blogspot.pt/2016/04/a-palmada-e-o-castigo-sao-lei-do-menor.html) ao pai da criança, na esperança de que também lhe fosse útil e que, com algum sentido crítico, pudesse ajustar alguns comportamentos. 
Esqueci-me, porém, que há seres que não têm noção de 'meio-termo'; ou é 'oito' ou 'oitenta'. Vai daí, chego a casa, ao fim do dia, e dou com a rapariga toda riscada de caneta, qual árvore de natal enfeitada. E, estupefacta, pergunto-lhe: 'O teu pai viu o que fizeste?' Ela, feliz da vida, mas igualmente admirada, responde: 'Xim, mãe!' Olho para ele de soslaio, desconfiada e ouço, com o som mais zen do mundo: 'Eu agora deixo-a fazer tudo. Não me enviaste um texto a insinuar que ela não podia ser contrariada? Que ela só quer atenção?' [...] 'Anda, filha, vamos comer chocolate, como queres!'

Pai, permuta-se! Interessados contactem-me!

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Palavras que podiam tão bem ser minhas! #6


Uau! Que texto tão bom! Leiam até ao fim, sem pressas e saboreando cada sábia palavra!
Caso não tenham tempo ou paciência, ficam aqui alguns trechos:


"Quer dizer então que existem mesmo amores para toda a vida?

Sim, existem. Embora sejam raríssimos porque as pessoas, muitas vezes, desmazelam as relações amorosas e aquilo transforma-se com alguma facilidade numa relação fraterna, o que não é a mesma coisa. Em todo o caso, há ligações absolutamente mágicas. Relações nas quais os casais, em vez de envelhecerem para o amor, renascem permanentemente alimentados por ele.

É fundamental educar para os afetos?
Precisamos de falar do amor e, sobretudo nas escolas, é vital explicar que nenhum amor dura para sempre se não for bem cuidado. Que mais importante do que casar é namorar, porque quando namoramos já casamos um bocadinho.

Também é por amor que tendemos a insistir até à última em relações condenadas?

Não, muitas vezes é por vaidade: como vou assumir um falhanço? Ou por medo: entre estar mal acompanhado ou sozinho, prefiro a companhia, mesmo que ela me adormeça para a vida. É como se o outro nos fosse convertendo na sombra do que somos e não no que somos, de facto – o contrário de termos alguém que se propõe conhecer-nos. E isso é muito inquietante porque, de repente, vamos perdendo em suaves prestações o respeito por nós. Acumulamos essa bruma e desistimos de quem somos, das nossas convicções, até morrermos para a vida. O que, volto a dizer, é diferente de morrer de amor.

Quando começa um divórcio?

Quando não namoramos todos os dias. É facílimo divorciarmo-nos: basta termos muitos compromissos profissionais, muitas preocupações a esse nível, até filhos. Ao contrário do que eles e nós quereríamos, são os filhos quem melhor divorcia os pais, porque depois passamos a vida a tapar a cabeça e a destapar os pés, sempre a correr atrás do prejuízo. Temos a ideia de que existem relações seguras, em relação às quais podemos descontrair, e sem dar conta chegamos ao patamar em que falamos numa linguagem encriptada.

Nós ficamos sossegados, a achar que dissemos o que estávamos a sentir…

… Mas nem paramos cinco minutos para perceber se o outro entendeu o que queríamos dizer. Depois chega uma altura em que um amigo nos pergunta porque não dissemos o que sentíamos e nós desabafamos: «Porque não estou para me chatear.» Começamos a divorciar-nos quando já não estamos para nos chatear. Quando chegamos à célebre frase que já todos dissemos e todos escutámos: «Não lhe disse porque não vale a pena. Ele não ia perceber.»

Em que é que o amor de mãe difere de todos os outros amores?

É mágico. Imagine uma mulher no limite da exaustão, cheia de preocupações, com uma atividade profissional que valha-nos Deus e uma família de origem em que a mãe e a sogra disputam entre si para ver quem sabe mais de bebés, em vez de darem colo à mãe – ninguém dá colo às mães. Se alguém soprar, aquela mãe escangalha-se. E então o seu filho chora, sorri, aninha-se-lhe nos braços, e toda ela se ilumina. É amor de mãe. Mas atenção: há amores maduros que podem ser muito parecidos com isto, daí serem tão raros. E tão absolutamente arrepiantes quando acontecem.


Amar dá muito trabalho, exige tempo, dói. Porém, acho que pecamos sobretudo por não conseguirmos fechar os olhos nos braços da outra pessoa, como faz um bebé no colo da mãe. Nunca vamos amar enquanto não formos capazes de fechar os olhos nos braços de alguém, porque isso é outra forma de dizermos «Sente. Olha para mim, sente-me em ti, pensa por nós.» E não há nada que valha mais a pena."


Leiam tudo, que vale cada minutinho!




quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Carolina, a arrebatar corações desde...2015!

Criámos um hábito. Sempre que a deito, digo-lhe 'Amo-te muito!' É o nosso código de amor antes de adormecer. Religiosamente. Estes dias, entre dar-lhe água, cobri-la, ter uma conversa qualquer e a pressa do jantar... esqueci-me! Estava prestes a sair da porta, quando uma voz doce me alerta: 'Mãenhe, mãenhe... amo-to munto!' 💖

Ontem bati-lhe. Sim, eu não sou a mãe perfeita que queria ser. Há dias em que ela parece fazer de propósito para me levar ao limite. E é sarcástica a rapariga. Nos gestos. E provocadora. E há dias em que não há tempo, não há paciência. Em que os gritos não resolvem e o diálogo sereno muito menos. Há dias em que não falamos a mesma língua. Em que estamos em sintonias diferentes. E, por muito que me tenha arrependido no segundo seguinte, bati-lhe. E já não foi a primeira vez! Arrependo-me quando as palmadas são fruto de nervosismos e pressas e stresses impostos pela sociedade em que vivemos. E as nossas crianças não têm culpa disso... Mas adiante. Já no quarto, mais calmas as duas, enquanto se preparava para se deitar, temos o seguinte diálogo:
Eu: 'Oh filha, havia necessidade de a mãe te ter batido?'
Ela: 'Xim, puque a menina potou mal. Num comia a maxa, nem a cane. E assim a mãe tem de batêle.'
Eu [já de lágrima no olho]: 'Mas a mãe também se enervou um bocadinho. Se tivessemos conversado e se tivesses dito porque não querias comer, em vez de fazer aqueles disparates todos (cuspir a comida, amassar com as mãos, revirar os olhos, cerrar os lábios,...), a mãe não se irritava e não te batia. Prometemos uma à outra que não volta a acontecer?'
Ela [sempre séria, atenta e sem desmanchar]: 'Xim.' [Faz-me festas na cara e enche os olhos de brilho]: 'Mamãxinha, tão linda. Amo-to munto!' 💖💖

Oh pah, pronto, desabei. Esta miúda derrete-me. Sim, afinal não me enerva, adoça-me! Obrigada e desculpa, minha amorinha!

terça-feira, 7 de novembro de 2017

O Mundo da Carolina #13

Há duas semanas que é todo um drama matinal para dar o pequeno-almoço à peste! 1h é o tempo que demora para o tomar. Tentámos leite simples, cereais, chocolate, iogurtes,... e, ontem, quase em desespero de causa, o pai foi-lhe comprar Nestum Mel (passe a publicidade!). Toda entusiasmada, andou a dizer a toda a gente que o pai lhe comprou 'atum' 😅😂😂😂😆😆🙈 e hoje de manhã lá foi para a cozinha, sem grandes dramas, tomar o leite. Chega, olha com ar de enojada para a chávena e contesta: 'Tem chinoura [cenoura!]. O leite tem chinoura e a menina num quéle chinoura!' Num qué leite, tá munto dôxe!'

[A cenoura eram os bocadinhos de nestum, entenda-se. Com jeitinho e muitaaaaaaaa paciência lá acabou por correr bem hoje! Amanhã há mais!!!]

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Socorro, a minha filha transformou-se num alien...

... e eu não estou a saber lidar com isso.
Eu, que pensei que tinha uma anjinha em casa, afinal tenho uma diabinha. E os terrible two ainda agora começaram...

- Ela esperneia, grita, chora e berra porque quer 'uvas pretas' e só lhe damos das brancas! E lá vão as uvas pelo ar!
- Ela é do contra e teima que 'não faz xixi, porque não tem vontade e tem de ser a menina a pedir'. E 5m depois faz pelas pernas abaixo (aconteceu uma vez, por nítida teimosia, disse-me a auxiliar da creche!).
- Ela não quer adormecer, porque 'num tem xono e quéle faxer xixi no pote', pela centésima vez. [E o mais incrível é que chega mesmo a fazer 5x no espaço de uma hora. Ou chega a apertar durante 5h seguidas, só porque teima que não tem vontade! E não adianta, que a dondoca é de ideias fixas!]
- Ela demora 1h a tomar meia chávena de leite de manhã.
- Ela só quer colo, porque tem médo [de tudo, seja da música, do pai, do cão, da chuva, do periquito...]
- Ela não come bem. Cerra os lábios e faz-se de morta. Não entra nada! 'A xopa tá quente. A massa tá suja. Não quélo carne, quélo salsichas'...
- Ela grita e esperneia quando se sente frustrada por não conseguir fazer algo, ou quando acontece algum imprevisto [seja por não conseguir calçar um sapato ou porque partiu uma unha - sim, isto da unha é verídico!]
- Ela enerva-se, descontroladamente, porque quando se mexe as calças sobem e fica um milímetro de perna ao léu entre o fim das calças e o início das meias.

Eu, que me imaginei uma pessoa calma e pacífica, dou por mim aos berros, a bufar, a transpirar, a ralhar e dois segundos depois a apaziguar, porque a primeira estratégia não resultou... E chego ao trabalho, às 9 da manhã, com a sensação de que já trabalhei 12h. E deito-me à noite a parecer que fui albarroada por um camião TIR.
A sério que isto pode durar até aos 5 anos?!? S-O-C-O-R-R-O [a minha paciência não aguenta!] 🙏😓