sexta-feira, 17 de novembro de 2017

O Mundo do pai da Carolina #3

Ultimamente, dou por mim a berrar demasiado, a julgar demasiado, a criticar demasiado, a castigar demasiado, apressada em demasia... e pus a mão na consciência! [Há fases em que questionamos se a temos - a consciência!]
Desta feita, resolvi apostar nas leituras e testemunhos sobre a parentalidade positiva, seja lá isso o que for. O certo é que quero tornar-me uma mãe mais relaxada, mais atenta, menos nervosa, com mais tempo de qualidade para a minha filha. E precisava de estimulos, de dicas, de exemplos. Tem-me sido útil essa aprendizagem - acredite-se ou não nesta 'história' da parentalidade positiva. O certo é que tem resultado - pelo menos enquanto houver paciência!
Ora bem, e o que é que isto tem a ver com o pai da criança? Pois que, se eu ando mais nervosa e irritadiça do que o normal, ele anda I-N-S-U-P-O-R-T-Á-V-E-L [podem começar com as piadinhas de que isso é falta de sexo, que eu acho que é só fruto de variadíssimas circunstâncias que não vêm ao caso e, pior do que isso, a irritabilidade pega-se, tipo epidemia!]
No meio disto tudo, a única pessoa que sofre é a pipoquinha mais nova que não tem culpa nenhuma dos efeitos colaterais da sociedade louca em que vivemos e que não pediu para vir a este mundo. O que é que eu faço, então, para tentar minimizar os danos? Tendo em conta que o que tenho lido me tem feito muito bem, mando um link (este, mais propriamente: http://mumstheboss.blogspot.pt/2016/04/a-palmada-e-o-castigo-sao-lei-do-menor.html) ao pai da criança, na esperança de que também lhe fosse útil e que, com algum sentido crítico, pudesse ajustar alguns comportamentos. 
Esqueci-me, porém, que há seres que não têm noção de 'meio-termo'; ou é 'oito' ou 'oitenta'. Vai daí, chego a casa, ao fim do dia, e dou com a rapariga toda riscada de caneta, qual árvore de natal enfeitada. E, estupefacta, pergunto-lhe: 'O teu pai viu o que fizeste?' Ela, feliz da vida, mas igualmente admirada, responde: 'Xim, mãe!' Olho para ele de soslaio, desconfiada e ouço, com o som mais zen do mundo: 'Eu agora deixo-a fazer tudo. Não me enviaste um texto a insinuar que ela não podia ser contrariada? Que ela só quer atenção?' [...] 'Anda, filha, vamos comer chocolate, como queres!'

Pai, permuta-se! Interessados contactem-me!

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