Passou um ano e parece que foi ontem! É cliché, eu sei, mas quando se é mãe percebe-se que os clichés fazem sentido! E eu não me lembro de, em algum momento, te ter dado permissão para cresceres assim desta forma apressada! Não encaro este aniversário como um ponto de viragem, mas como um marco de como o tempo é veloz e nos lembra permanentemente de que temos de te saber aproveitar!
Com um ano:
- És uma preguiçosa para andar, mas chegas onde queres, a rastejar. Já me disseram na creche que és a miúda com mais genica que por lá anda... e eu acredito! Tu cansas-me! Deixamos de ter sossego, porque não paras e, como todos os seres da tua idade, adoras mexer no 'fruto proíbido': ele é tomadas, é cabos, é puxadores de portas...
- Ficaste-te pelos 5 dentes. Nem esses crescem mais, nem te nascem novos! São os suficientes para trincares tudo, até o que não deves! [Fico tola quando olho para o estado dos sofás! Depois não te queixes se te descontar na mesada!]
- Fazes birrinhas um bocadinho enervantes (normalmente quando és contrariada, queres colo ou comida - mesmo que já estejas empanturrada!). Eu sei que deve ser um bocadinho frustrante não conseguir falar, mas garanto-te que gritar também não resolve grande coisa!
- Dás beijinhos, abracinhos e gargalhadas que me matam de amor. Que corroboram a minha certeza absoluta de que és o meu maior bálsamo diário.
- És uma impostora e uma interesseira. Pedes para ir ao colo de qualquer pessoa que te leve à rua. Apontas para a porta, dás às pernocas e sorris. Como, aliás, sorris quase sempre para qualquer pessoa que se meta contigo!
- Adoras comer. T-U-D-O. M-U-I-T-O. A tua palavra preferida é 'papa'. [Papa, mamã, papa]
- Continuas a dormir maravilhosamente 12h seguidinhas. Se calhar é para não ter de me aturar durante a noite (eheh), mas agradeço-te na mesma, porque eu sou pessoa para sofrer muito com privação de sono e, felizmente, quase nunca soube o que isso é!
- Ficas muito feliz quando vais para a creche e gostas de brincar com os teus amiguinhos e isso deixa-me tão aliviada. Só por isso nunca me custou muito deixar-te lá!
Resumindo, és só uma criança normal, com um ano, com virtudes e defeitos, mais desenvolvida numas coisas e menos noutras. Quero sempre ser realista e ver além da tua perfeição!
Sinto que te conheço tão bem, mas que ainda temos tanto para descobrir. E essa é a maior magia da maternidade. Conhecermo-nos diariamente!
Há um ano estavas a nascer, minha filha. Mas não foste só tu que nasceste nesse dia. Nascemos nós como pais! E que privilégio esse (re)nascimento!
Parabéns, minha amorinha, muitos parabéns!
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