quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

17 meses de ti (de nós!)...

Tenho saudades de quando eras bebé (às vezes), mas gosto muito mais de te ver crescer!
Amei-te desmesuradamente como recém-nascida, mas por muito impossível que isso possa parecer, esse amor cresce ainda mais à medida que o tempo avança!
Já lá vão 17 meses. E nesta fase:

- Percebemos que és miúda de rotinas. Se te alteramos o curso normal dos teus dias (basta não dormires a sesta um dia) isso repercute-se numa semana inteira. É ver-te chatinha, a fazer birras, a lutar contra o sono. Depois passa. Aconteceu duas vezes. Nas únicas duas vezes em que tentamos fazer programas diferentes contigo. Já percebemos que não resulta. Vamos render-nos às rotinas. É assim que, para já, és (somos) mais calmos e felizes!

- És tão doce e tão querida que eu só queria que nada nesta vida te mudasse essa maneira de ser. Que não experimentasses o lado cruel da vida para não te tornares numa pessoa mais amargurada. Passas o tempo a distribuir sorrisos, abraços, beijinhos, abracinhos. Falas com aquele ar de bebezês que derrete qualquer coração. Dizes sempre obrigada. Quando chegas à creche, todos os teus amigos te vêm receber com um 'bom dia Caolina' e abraçam-te e dão-te beijinhos, o que só prova que és mesmo adorada por todos! E como gostas de lá estar. Um dia imaginarás o quanto isso nos reconforta o coração, a nós, pais!

- Gostas de ver livros. Folheá-los. Ver imagens. Tentar dizer a que corresponde cada imagem. Adoras ver vídeos e fotografias tuas. E seres gravada ou fotografada. Vaidosona! Basta dizer 'estou a gravar, ri-te' e, quase em modo automático, a tua feição abre-se num sorriso rasgado.

- Nunca mais te cresce o cabelo. Até os meninos têm o cabelo maior do que o teu. Estou ansiosa para te conseguir colocar um ganchinho. Mas nem isso segura. Já percebi que vamos ter de esperar uns anos até te conseguirmos fazer um rabo de cavalo!

- A palavra 'não' converteu-se na tua favorita. E as birras cada vez mais constantes. É ver-te fazer beicinho e desatar num berreiro histérico (uns decibéis acima daquilo que os meus tímpanos estão habituados) sempre que és contrariada. Mas acho que aos poucos vais percebendo que, cá em casa, ninguém se compadece com tiranos! Como diz o teu paizinho: 'Isto agora é tudo muito bonito, mas estou a antever uma adolescência difícil!'

- Papagaias de uma forma que eu, sinceramente, não acreditei ser possível aos 17 meses. É muito fácil entender tudo o que dizes, ainda que no meio de uma suposta frase, pronuncies uma ou outra palavra ininteligível. Mas expressas-te bem e dizes claramente vocábulos difíceis como 'bolacha', 'obrigada', 'princesa'. Ainda que de uma forma muito engraçada, porque dobras a língua. 

- Continuas a comer tudo (sempre a pedir 'maix, maix'). Adoras experimentar alimentos novos e de texturas diferentes e as únicas coisas que não comes mesmo é mamão e queijo. O resto marcha tudo! E continuas também a dormir 12h/noite sem acordar. Adormeces sozinha, com as duas Minnies e, passado uma horita, quando te vou cobrir, já tu dormes ferradinha e colocaste as bonecas aos pés da cama. De manhã, quando pressentes que me levanto, sentas-te sossegadinha na cama e esperas que te vá buscar para te dar o leitinho. Mas se eu adormecer e demorar mais meia-hora do que é habitual, aí sim, começas a chamar 'mamã', mamã'. Também já sei que temos muita sorte e que esta não bate duas vezes à mesma porta! 

Sabes, meu amor, sonhei-te desde que me conheço. Mas tu estás muito para lá dos meus sonhos. Muito para além daquilo que alguma vez eu seria capaz de sonhar. Obrigada. Por fazeres de mim, todos os dias, uma pessoa melhor. 

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