segunda-feira, 10 de setembro de 2018

3 anos de ti (de nós!)...

... e a minha bebé está a ficar crexida (como ela própria diz!). Assim, de repente, sem aviso prévio, sem preparação. Fez 3 anos ontem. Com'assim???
[Se eu não soubesse que vem já outro bebé a caminho, para me acalmar as hormonas, entrava já em depressão!]
Isto da maternidade é um mundo um bocadinho esquizofrénico! Queremos que cresçam, ao mesmo tempo que desejamos que sejam sempre os nossos bebés. Queremos que sejam autónomos, mas lá no fundo desejamos secretamente que dependam sempre um bocadinho de nós. Quando são muito pequeninos ansiamos para que comecem a fazer coisas novas e, quando as fazem, sentimos saudades da fase em que eram recém-nascidos. A verdade é que todas as fases são especiais. Mas mais verdade é ainda que, se quando descobri que estava grávida a amei antes da primeira vista, à medida que o tempo passa esse amor cresce ainda mais! 

São 3 anos de ti (e de nós), meu amor. E que ternura de menina temos de privilégio de ter. 
Desenrascada. Ai de quem faça coisas por ela. 'Eu já xou crexida. O mano é que vai ser pequenino e depois tu ajudas. Eu não pexixo!' Tira a roupa, veste roupa, vai fazer xixi (põe o rutor - redutor, entenda-se - na sanita), limpa-se, puxa o autoclismo, lava as mãos, lava os dentes, arruma tudo o que desarruma,... e eu posso ir adiantando outras coisas.
Ciumenta. Precisa de todo o mimo do mundo. Amua quando não é o centro das atenções. Sempre que eu e o pai damos um beijo ou um abraço, vem ter connosco, com cara de cachorrinho mal morto, e pergunta: 'E eu?' Sorri, com todos os músculos do corpo, quando a abraçamos.
Vaidosa. Todos os dias de manhã, depois de se vestir, nos pergunta: 'Tou xira?' E, à noite, antes de se deitar, inspeciona a roupa que vai vestir no dia seguinte. Se não lhe agradar, retorque: 'num góto dixo. Amanhã na crexe ninguém vai dixer que tou xira!' Ultimamente, lembrou-se de ter preocupações com a linha. 'Não vou comer mais nada. Nem fruta, nem bolachas, nem ruxados, puque a minha barriga tá a ficar muito cheia. Oh olha. Tou a ficar muito gôda. Já chega!'
Pespineta. Tem resposta para tudo. Tem sempre um 'mas, mas, mas...' E é ótima a tentar negociar. Sobretudo assuntos não negociáveis, tipo castigos! Ou coisas que não pode comer ou fazer: 'Mas é só um bocadinho, só mais uma e acabou, depois não quero mais!!!' E é tão engraçada que, às vezes, no meio de discussões, tenho de me controlar, para não me escangalhar a rir!
Ternurenta, meiga, carinhosa. É mesmo um docinho. Dá os melhores abraços e beijos do mundo. E gosta de os dar! Diz-me todos os dias: 'mamã, góto tanto di ti!' ou 'Amo-te daqui até à lua, ir e voltar!'
Quando a estou a adormecer, faz-me festinhas na cara e diz: 'És tão linda!'
Linda és tu, meu amor. Eu serei sempre suspeita, mas a verdade é que és muito melhor do que algum dia te sonhei. E este amor, esta cumplicidade, a ser proporcionalmente crescente, não sei como me vai caber no peito.

Muitos parabéns meu tesouro. Amo tu***

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