quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Conta-me Hi(E)stórias #4

Há dias...

... em que apetece falar, mas tens medo que as palavras firam ao serem proferidas no calor da mágoa.
... em que apetece ir, mesmo sabendo que vais querer voltar.
... em que a cabeça está demasiado desarrumada e desalinhada em ideias que não sabes se são fruto do cansaço ou de pensamentos já amadurecidos.
... em que queres dar (muito), mas depois pensas que se calhar o melhor é guardar para ti o que vais oferecer a quem não retribui.
... em que és tão objetiva e transparente e mesmo assim há quem não consiga entender.
... em que o cansaço acumulado te faz querer dar dois gritos e cinco murros na mesa (ou noutra coisa qualquer, mas a mesa parece-te o mais seguro!)
... em que pensas que 'amanhã é que vai ser' e depois olhas para trás e foi-se o presente durante essa espera.

E, no meio da confusão, acreditas que alguém entenderá as tuas necessidades e te fará sentir especial. Uma vez. [Devia ser sempre. Para sempre]. Afinal, o amor é isto. É ter vontade de ver quem amamos feliz. Se não for isto, não é amor. É outra coisa qualquer. É dar jeito... É ser útil... E sentires que não és mais do que isso, é a maior inutilidade da vida.

Danem-se as expetativas, as carências e a ansiedade que são fod****. Há dias... em que percebes que a felicidade está, tão só e apenas, dentro de ti. 

É isto, minha filha. 

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