segunda-feira, 4 de julho de 2016

Do amor... das diferentes formas de amor...

Há cerca de um ano, mais ou menos, tive uma daquelas conversas parvas com o meu marido, em que só percebemos o quão ridículas são quando já as estamos a ter.
Perguntava-lhe eu, numa ingenuidade quase imbecil:

" Se eu for agora para o hospital e te disserem que só uma de nós poderia sobreviver, eu ou a tua filha [estava grávida na altura], e que te caberia a ti a escolha, o que dirias?"

Ele estremeceu, nunca tinha pensado nisso [e ainda bem! só eu para me lembrar de coisas estúpidas!] e disse-me numa sinceridade brutal:

"Não pensava muito, porque para mim seria óbvio optar por ti. Essa criança ainda não nasceu, ainda sei viver sem ela. Já gosto muito dela, não me julgues mal, mas ainda não sei o que é viver com ela. Contigo, poderei ter outros filhos. E não sei o que é viver sem ti!"

Desta vez, estremeci eu! Mas, no lugar dele, teria dado a mesma resposta, por muito que muitos me possam julgar!

Um ano depois, tenho a certeza que a resposta jamais seria a mesma! É para ela que ele vive, é sem ela que ele não sabe viver. E estremeço novamente, porque sinto o mesmo. E porque me alegro com a certeza de que a nossa filha, esta filha, nunca poderia ter tido outro pai! 

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