Desabafos!

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 Já não durmo há sensivelmente 2 meses inteirinhos. E não sei porque é que a cria não dorme, porque chora, porque se esperneia, contorce e berra a partir da 1h da manhã... O pai tem as respostas... A culpa é minha! Antes não dormia, porque eu não lhe dava de mamar (então chamava-me de hora a hora e obrigava a filha a abocanhar a mama o quanto antes para se calar rapidamente); agora não dorme porque eu dei-lhe muitas vezes de mamar e está viciada. Não dorme porque eu não desligo a luz de presença que tenho no quarto (e que me dá muito jeito para a ver ou para lhe dar de mamar, mas que não faço questão de a ter sempre ligada). Não dorme porque eu a mimei demais e agora abusa. 

É provável que eu erre em muita coisa, mas se houvesse fórmulas mágicas, alguém já tinha registado a patente! Hoje estou tão cansada, tão alterada, tão aborrecida por sentir que dou sempre o melhor de mim, mas há sempre um dedo apontado... que lhe gritei. Gritei com a minha filha, num momento de berreiro dela. Gritei e espero que um dia ela me desculpe por isso. Não era com ela que eu queria ter gritado. Era com o mundo, que é tão pouco tolerante. Era com o pai. Era comigo.

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Passei o fim-de-semana inteirinho sozinha com ela em casa. Ela aborrecida, num misto de cólicas-constipação-e-aborrecimento. Um tempo espetacular (já vomito chuva por todos os poros da minha pele). Como devem calcular, não consigo fazer rigorosamente nada do que quero. E ela suga-me a energia. E eu, que a amo descontroladamente, sinto vontade de a emprestar 30m a alguém, só para eu respirar!

Pronto, e agora que já sabem que sou a pior mãe do mundo (!), não tenho vergonha de assumir que nem todos os dias são perfeitos (nem tenho pretensão que o sejam!). 

Há dias em que me apetece rifar todos os seres que coabitam cá por casa! Quem dá mais?

[Um dia durmo e isto passa!]