quarta-feira, 29 de junho de 2016

E quando um filho mata a paixão?

Há quem pense que um filho é a parcela que falta para completar a fórmula perfeita. Que vai ser um sonho... que vai salvar um casamento ou fortificá-lo... O problema é que às vezes, na esmagadora maioria das vezes, isso é uma utopia! Sobretudo se os dois elementos do casal tiverem percepções completamente diferentes da vida depois da maternidade [mas isso ainda são outros quinhentos que ficarão para um próximo post!].
Muito tinha a dizer sobre este tema, mas depois alguém escreveu isto e eu fiquei sem palavras! É que é mesmo isto, caramba! Mas é, também, aprender a existir enquanto família, com o elemento adicional que entretanto chegou!


Nós, mulheres [e perdoem-me o sexismo/preconceito, mas falo por mim, que sou mulher!], vivemos frequentemente no limbo entre a expetativa e a desilusão. E a maioria dos homens [perdoem-me novamente a generalização. Há espécies em vias de extinção, de facto] tem limitações claras ao nível da inteligência emocional! Nós precisamos que nos demonstrem claramente que nos querem, que nos desejam. E fazemos fita, e amuamos, e ficamos com neuras dias a fio. Eles acham que somos completamente descompensadas e que, se estamos a reagir assim, é porque já não gostamos deles e estamos a arranjar desculpas para acabar!
Eu repito vezes sem conta: Quando é que todos os homens vão perceber que, na maioria das vezes, nós somos só o reflexo das suas atitudes? Que haverá dias em que a neura nos passa se nos derem um abraço apertado e nos disserem que somos a mulher mais bonita do planeta e não nos querem perder? Que haverá dias em que o amuo nos passa se nos surpreenderem de alguma forma? Que o amor e a paixão estão sempre lá... mas estão cansados, a precisarem de ser puxados para a tona...

Quando nasce um filho, nasce também uma necessidade de uma resiliência ainda maior! Porque se tem de dividir a atenção e multiplicar a paciência. Porque as emoções parecem papoilas saltitantes! Porque se precisa de estimular a inteligência e aprender a viver a três!
Porque é difícil, mais difícil ainda, mas não é impossível!

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